Batalhão ucraniano se rebela e ameaça abrir fogo contra tropas de Kiev

© AP Photo / Evgeny MaloletkaVoluntários de batalhão regional ucraniano
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Elementos do batalhão Tornado, divisão militar voluntária ligada ao Ministério do Interior da Ucrânia, se entrincheiraram nesta quinta-feira em uma base da região de Lugansk ameaçando abrir fogo contra seus antigos colegas das forças de Kiev, segundo informou a mídia ucraniana.

A revolta dos combatentes teve início após o ministro do Interior, Arsen Avakov, anunciar que havia assinado uma ordem para dissolver o batalhão, acusado de envolvimento com atividades criminosas.

Na última quarta-feira, autoridades da pasta e da Guarda Nacional foram enviadas à base do Tornado, em Severodonetsk, cidade de Lugansk controlada por Kiev, para promover o desarmamento do grupo. Mas, até o momento, os voluntários se recusam a ceder, e permanecem trancados no local, ao redor do qual instalaram inúmeras minas terrestres.

Fontes não oficias afirmam que um drone do Ministério do Interior já teria sido derrubado pelos insurgentes. 

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Em entrevista ao Ukrainskaya Pravda, o promotor militar Anatoly Matios disse que cerca de 170 soldados rebeldes se encontram nas instalações. Além das minas, a área está protegida por diversos pontos de defesa, com lançadores automáticos de granadas e outros tipos de armas. E, de acordo com Matios, os dissidentes estão prontos para atirar em qualquer representante de Kiev que tentar entrar na base. Mas, se isso acontecer, o exército ucraniano também abrirá fogo.

O comandante do Tornado, Ruslan Onischenko, foi preso ontem junto com outros sete integrantes do batalhão acusados de cometer assassinatos, estupros, roubos, sequestros e outros crimes, que, inclusive, teriam sido registrados em vídeo pelos próprios milicianos.

Perguntada sobre como o grupo de voluntários criminosos teria sido incorporado pelo governo ucraniano, a promotoria militar disse que o assunto será investigado durante o processo dos suspeitos.

"As verificações devem ser realizadas pelo Ministério do Interior para descobrir como criminosos reincidentes assumiram posições de liderança e receberam armas e licenças do Estado enquanto continuavam a cometer crimes nos territórios que foram encarregados de patrulhar", declarou Anatoly Matios.

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