Kiev volta a concentrar armamentos na linha de frente na véspera da cúpula do G7

© Sputnik / John TrastPovoado de Gorlovka, em Donbass, após ataque realizado por militares ucranianos.
Povoado de Gorlovka, em Donbass, após ataque realizado por militares ucranianos. - Sputnik Brasil
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As Forças Armadas da Ucrânia continuam concentrando armamentos proibidos pelos Acordos de Minsk ao longo da linha de frente, declarou o vice-chefe do Estado-maior general da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Eduard Basurin.

"A inteligência da RPD continua documentando o aumento de equipamentos militares proibidos pelos Acordos de Minsk ao longo da linha de frente", disse Basurin.

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Manifestação se realiza em Kiev sob slogan 'Fora autoridades incapazes!' (vídeo)
Os Acordos de Minsk preveem o fim das hostilidades e, entre outros pontos, a retirada das armas pesadas da chamada linha de demarcação (linha de frente), no entanto, os lados em conflito se acusam constante e mutuamente de violação do acordo.

Os combates em Donbass tornaram-se mais ativos após mais uma rodada de negociações em Minsk, em resultado da qual nada de novo foi decidido. Os especialistas também opinam que a razão para isso poderia ser a decisão de Representante Especial da OSCE na Ucrânia Heidi Tagliavini de abandonar o seu posto. Segundo a fonte próxima das negociações, ela tomou a decisão por causa da falta de vontade das partes de chegar a acordo e do comportamento inadequado de alguns participantes no processo de negociação.

Balões com rostos de líderes dos países-membros do G7 perto da catedral de Frauenkirche, Dresde, em 27 de maio, dia da cúpula dos ministros das Finanças e chefes dos Bancos Centrais dos G7. - Sputnik Brasil
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O agravamento da situação em Donbass também tem sido associado com a cúpula do G7, que decorre hoje a amanhã. Os líderes dos países do G7 – Alemanha, EUA, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido – devem discutir, entre outros temas, as sanções antirussas. Segundo a presidente do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), Valentina Matvienko, as novas provocações na Ucrânia começaram na véspera da cimeira de G7 para criar um motivo de responsabilizar a Rússia pelo agravamento da situação e, como resultado, prorrogar as sanções antirussas.

A chanceler alemã, Angela Merkel na cúpula que está sendo realizada na Baviera, declarou que os líderes do G7 consideram impossível um retorno em breve da Rússia ao grupo. Ela afirmou também a colaboração com a Rússia continuará em uma série de assuntos “em que há compreensão mútua.”

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G7: retorno em breve da Rússia é impossível, diz Merkel
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou ainda que o Ocidente deve manter as sanções antirrussas para pressionar Moscou e os grupos independentistas no leste da Ucrânia a implementarem plenamente os Acordos de Minsk.

Atualmente, na região de Donetsk vigora um acordo de cessar fogo que o Grupo de Contato Trilateral (composto por Rússia, Ucrânia e OSCE), encarregado de encontrar uma solução para a crise na região, aprovou em 12 de fevereiro, em Minsk. Entretanto, a ONU informa que já há mais de 4.600 mortos e 15.700 feridos no conflito.

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