UE pede eleições antecipadas e “acordo final” para resolver crise na Macedônia

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O Comissário para Política Regional da União Europeia, Johannes Hahn, propôs à Macedônia realizar eleições antecipadas supervisionadas por Bruxelas, em um esforço para resolver a profunda crise política entre o governo e a oposição do país balcânico em relação às denúncias de vigilância em massa e fraude eleitoral.

Depois de um encontro com o primeiro-ministro macedônio Nikola Gruevski, o comissário europeu disse em declaração à imprensa que foi acordado realizar eleições antecipadas até o final de abril do próximo ano, mas ressaltou que “é importante preparar o país”. Sobre tal necessidade, segundo Hahn, é preciso solidificar os códigos eleitorais, revisar a lista de eleitores e respeitar os direitos das minorias.

 "Além disso, será importante aceitar todas as recomendações que estão sendo dadas pela Comissão Europeia no que se refere à independência do poder judicial”, acrescentou.

Gruevski foi atingido por uma série de acusações contra ele e seus ministros após a publicação de conversas gravadas que parecem expor o rígido controle do governo sobre os jornalistas e juízes, bem como sobre a realização de eleições.

Protestos na Macedônia. Um manifestante empunha o pequeno cartaz com uma foto de premeiro-ministro macedônio Nikola Gruevski durante o protesto antigovernamental no centro de Skopje no 17 de maio de 2015. Mais de 20.000 pessoas se reuniram na capital da Macedónia para exigir a renúncia do governo do primeiro-ministro Nikola Gruevski, que é responsavel pela crise política profunda e um surto de violência no país. - Sputnik Brasil
Milhares protestam contra governo da Macedônia
A oposição também acusa Gruevski de orquestrar a vigilância de mais de 20 mil pessoas e exige a sua demissão. O premiê, por sua vez, alega que as gravações de áudio indicando fraude eleitoral e abuso do sistema de justiça foram "criadas" por serviços de inteligência estrangeiros. Sem citar nomes, ele afirma que tais agentes distribuíram as fitas aos partidos da oposição a partir de fevereiro, em um esforço para desestabilizar a Macedônia.

Segundo Hahn, novas negociações serão realizadas em Bruxelas na próxima semana a fim de se chegar a um "acordo final, que permita ao país seguir em frente e usar a crise atual como uma oportunidade para modernizar a nação, levá-la para o futuro".

Enquanto isso, continuam aumentando os protestos pela demissão de Gruevski. Manifestantes armaram dezenas de barracas na frente do escritório do primeiro-ministro e afirmam que vão permanecer acampados até que ele renuncie.

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