Bandeira do Estado Islâmico hasteada na Bósnia

© AP Photo / STRMilitantes do Estado Islâmico (EI)
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A bandeira preta e branca do grupo terrorista Estado Islâmico apareceu em uma pequena aldeia da Bósnia e provocou preocupação visto que o número de bósnios que se dirigem ao Iraque e à Síria para se juntar ao EI está aumentando.

Tamas Fodor, chefe das Relações Exteriores do partido húngaro Jobbik disse à revista italiana Il Giornale:

"Muitas pessoas nos Balcãs estão recrutando jovens para participar nos combates na Síria e no Oriente Médio. Anteriormente eles combatiam em vários grupos fundamentalistas e agora combatem pelo Estado Islâmico. Embora no ano passado o governo bósnio e de outros países nos Balcãs tenha adotado leis contra os combatentes estrangeiros, o problema continua com os combatentes que retornam."

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No início de maio a Força Especial da Bósnia realizou uma série de raids na pequena aldeia de Gornja Maoca após a mídia local ter publicado fotos de casas com bandeiras do Estado Islâmico. Mas quando a polícia chegou, as bandeiras desapareceram. O porta-voz do serviço de investigação e de segurança do Estado (SIPA), Kristina Jozic, disse que, quando a polícia chegou, “as bandeiras foram retiradas.”

Dezenas de pessoas foram capturadas na Sérvia por suspeita de ter lutando na Síria e a polícia confiscou materiais de propaganda usada para recrutar combatentes estrangeiros e informação sobre armamentos e equipamento individual.

Gornja Maoca é uma aldeia isolada perto da cidade de Brcko, controlada pelos fundamentalistas muçulmanos locais apoiantes do wahhabismo.

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De acordo com a Inteligência da Bósnia, 150 islamistas bósnios combateram no Iraque e na Síria e 50 jihadistas já teriam retornado. Outras 26 pessoas capturadas em um raid contra wahhabitas são suspeitas de participar em ações de grupos jihadistas na Síria e no Iraque em 2014, bem como de recrutar militantes na Bósnia.

Em outubro de 2012 um movimento sérvio ligado ao islamismo local abriu fogo contra a Embaixada dos EUA em Sarajevo.

“Quando eles voltam aos Bálcãs vindos da Síria e do Iraque, eles trazem a sua ideologia para as aldeias governadas por wahhabitas e salafistas”, disse Tamas Fodor.

"E mais do que tudo eles querem continuar a sua guerra. E como já vimos na aldeia de Ásotthalom, é fácil para eles viajar para a Europa Ocidental, se eles quiserem", sublinhou.

Segundo Fodor, "a imigração nos Bálcãs poderá aumentar devido à crise política na Macedônia e a difícil situação econômica em Kosovo, embora eu pense que a maior parte do fluxo virá mais uma vez do Oriente Médio e da África."

O think tank Centro para Estudos de Segurança em Kosovo (KCSS) estima que 232 residentes de Kosovo lutem nos grupos jihadistas na Síria e no Iraque. O relatório do centro afirma que a maioria deles se juntou aos militantes em 2013.

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