EUA suspendem espionagem de Estado, mas buscam “novas vias”

© AP Photo / Cliff OwenSenador Republicano Rand Paul concede entrevista em uma pausa durante a reunião do Senado de 31 de maio de 2015.
Senador Republicano Rand Paul concede entrevista em uma pausa durante a reunião do Senado de 31 de maio de 2015. - Sputnik Brasil
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A partir da zero hora desta segunda-feira, a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) já não pode coletar informações e dados pessoais como o fazia antes, sem consentimento das pessoas e entidades monitoradas. Mas será que a situação se manterá muito tempo assim?

Na noite passada, o Senado estadunidense aprovou, por 77 votos contra 17, a expiração definitiva do Patriot Act (Lei Patriótica), lei que Washington adotou depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Isso significa que entidades estatais, como a NSA, já não poderão ter acesso aos dados das operadoras telefônicas sobre as ligações feitas, atendidas e não atendidas, assim como aos dados pessoais dos usuários.

"Aos poucos, nós deixamos a nossa liberdade sumir", disse o senador Rand Paul, no discurso que ele fez durante a sessão de domingo, comentou o período da vigência do Patriot Act.

Rand Paul é pré-candidato à presidência dos EUA pelo partido Republicano. As eleições serão em 2016.

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Contudo, a situação parece que não irá mudar completamente. A Lei Patriótica agora suspensa (não é completamente revogada, apenas o período da sua vigência expirou), os senadores não escondem que estão procurando "outras maneiras" de combater e prevenir o terrorismo. Entre essas, há outras extensões legais que podem conduzir ao ressurgimento da coleta de dados sob um aspecto diferente.

Aliás, nesta segunda-feira (1), o Senado terá uma nova reunião, dedicada à revisão do Freedom Act (Lei da Liberdade). No entanto, esta revisão visava inicialmente emendar seções da Lei Patriótica já expiradas.

No entanto, uma parte dos democratas, partidários da espionagem estatal realizada pelos EUA, não criticou o seu líder, Mitch McConnell, pela prática de monitoramento sem consentimento, mas apenas por não "ter um plano".

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"A tarefa de um líder é ter um plano. Neste caso, ficou claro que o líder da maioria [no Senado] simplesmente não tinha um plano", disse o senador Harry Raid, citado pelo The New York Times.

Na reunião de hoje, o Senado norte-americano irá aprovar novas medidas. Pode ser que esclareça quais os meios de combate ao terrorismo que irão substituir a espionagem estatal.

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