Medvedev: destino do embargo alimentar dependerá da própria UE

© Sputnik / Ekaterina Shtukina / Acessar o banco de imagensPrimeiro-ministro da Rússia Dmitry Medvedev em entrevista à televisão russa
Primeiro-ministro da Rússia Dmitry Medvedev em entrevista à televisão russa - Sputnik Brasil
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A decisão de levantar as medidas restritivas de importação de produtos alimentícios do Ocidente, aprovadas em resposta a sanções anti-russas, será tomada partindo das futuras ações da União Europeia e dos interesses nacionais da Rússia, declarou neste sábado o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev.

“Tomaremos tais decisões (…) partindo de nossos interesses nacionais. Por quê? Primeiramente porque nossas medidas restritivas foram provocadas pelas ações de nossos vizinhos e nossos parceiros comerciais. Como se diz: não fomos nós que começamos isso” – disse Medvedev em entrevista à televisão russa.

Ele destacou ainda que, antes de tudo, será preciso observar as decisões que serão tomadas pelos países do Ocidente.

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Sanções europeias contra a Rússia serão mantidas pelo menos até o final do ano
“Como essas medidas de resposta foram aprovadas para um prazo de um ano, decidiremos somente em agosto se as mesmas serão mantidas, totalmente revogadas ou parcialmente alteradas. Mas destaco mais uma vez: não fomos nós que inventamos isso tudo. Trata-se de ações de resposta” – frisou o primeiro-ministro.

Nas suas palavras, apesar de certos inconvenientes e de alguma alta nos preços, principalmente no segmento de produtos importados, a Rússia conseguiu “elevar de forma bastante significativa o seu potencial interno nos últimos meses”.

“Essa substituição da importação (…) realmente aconteceu… E nesses sentido eu acredito que mesmo em caso de levantamento dessas medidas restritivas, o que naturalmente ocorrerá cedo ou tarde, nós não conseguiremos e nem deveremos retornar à situação anterior à sua implementação” – acrescentou o chefe de governo russo.

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Opinião: sanções não conseguiram destruir economia russa
As relações entre a Rússia e o Ocidente se deterioraram em grande parte devido à crise na Ucrânia. No final de julho do ano passado, a UE e os EUA, após embargos pontuais contra pessoas físicas e algumas empresas, adotaram medidas mais amplas contra setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia limitou a importação de produtos alimentícios de países que adotaram as sanções contra Moscou: EUA, países da UE, Canadá e Noruega.

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