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Militares brasileiros sairão do Haiti em 2016, afirma ministro da Defesa

© Marcello Casal Jr/ABr/Fotos PúblicasMilitares brasileiros na missão da ONU para o Haiti (Minustah)
Militares brasileiros na missão da ONU para o Haiti (Minustah) - Sputnik Brasil
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As tropas das Forças Armadas brasileiras no Haiti começarão a sair do país em 2016, segundo confirmou na quinta-feira (21) o ministro da Defesa, Jaques Wagner, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado.

“É uma missão humanitária que já tem porta de saída e data prevista para acabar. A missão no Haiti acaba ano que vem, não por decisão nossa, porque, na medida em que nos incorporamos a um programa desses, ficamos um pouco submetidos à decisão das Nações Unidas. Neste ano, já houve uma redução. No ano que vem, a previsão é de retirada total das forças não só do Brasil, mas das Nações Unidas”, afirmou.

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De acordo com o ministro, existem atualmente 1.343 militares brasileiros no Haiti – número pequeno em relação aos 30 mil que estiveram no país durante os 11 anos da missão. O número cairá para 970 homens e mulheres em junho, segundo Wagner, e a partir do ano que vem, o Brasil manterá apenas 850 militares na capital Porto Príncipe.

Complementando a informação, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas brasileiras, general José Carlos De Nardi, disse que o Brasil será a última nação a ter tropas na capital haitiana no âmbito da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

 

Iniciada em 2004, após uma revolta popular que derrubou o então presidente Jean-Bertrand Aristide, a missão foi chefiada pelo Brasil em um momento em que o país buscava um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. 

Durante a audiência, o ministro da Defesa afirmou que o projeto da ONU no Haiti, intensificado após o devastador terremoto de 2010, “é uma das principais e mais importantes” missões de paz com participação do Brasil. “A ONU tem muito respeito por nós nessas atividades”, ressaltou.

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Críticos da presença brasileira no país caribenho, porém, alegam que a população haitiana ainda carece de direitos básicos e vive em condições precárias de segurança. Uma das consequências dessa situação é o crescimento da imigração para o Brasil, que, por sua vez, tampouco dispõe de uma rede social capaz de receber adequadamente todos os refugiados. 

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Segundo Wagner, o governo brasileiro já gastou R$2,3 bilhões com a missão no Haiti – dos quais R$1 bilhão foram reembolsados pela ONU. Também na quinta-feira, após reunião no Palácio do Planalto, o governo decidiu ampliar o número de vistos concedidos aos haitianos para entrarem legalmente no país, que atualmente é de 100 vistos mensais. O novo limite, a ser definido pelo Itamaraty, será parte das providências federais para evitar o acesso ilegal de haitianos pelo Acre, onde a sobrecarga dos serviços públicos vem provocando um fluxo desordenado de imigrantes para as regiões Sul e Sudeste.

 

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