Afeganistão fica com militares dos EUA e da OTAN

© AFP 2023 / SHAH MARAIGeneral John Campbell abre a bandeira da missão Resolute Support, da OTAN, em dezembro de 2014, marcando o fim da operação do ISAF.
General John Campbell abre a bandeira da missão Resolute Support, da OTAN, em dezembro de 2014, marcando o fim da operação do ISAF. - Sputnik Brasil
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Durante a cúpula em Antalya, os chanceleres dos países-membros da OTAN resolveram prorrogar a sua presença militar no Afeganistão por um prazo indefinido.

A respetiva declaração foi feita na quarta-feira (12) pelo secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que declarou que o organismo "mantém compromisso com o Afeganistão":

"Hoje, nós tomamos uma decisão importantíssima que demonstra que mantemos o nosso compromisso com o Afeganistão. Nós concordamos em manter a nossa presença no Afeganistão, mesmo depois do fim da nossa missão atual, Resolute Support [Suporte Firme, do inglês]".

A missão Resolute Support é comandada pelo general norte-americano John Campbell.

© AFP 2023 / JONATHAN ERNSTO secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter (esquerda) conversa com o general John Campbell, chefe da missão Resolute Support (direita) no aeroporto de Cabul em fevereiro de 2015.
O secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter (esquerda) conversa com o general John Campbell, chefe da missão Resolute Support (direita) no aeroporto de Cabul em fevereiro de 2015. - Sputnik Brasil
O secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter (esquerda) conversa com o general John Campbell, chefe da missão Resolute Support (direita) no aeroporto de Cabul em fevereiro de 2015.

Esta decisão significa que o Afeganistão, país assolado por conflitos armados prolongados e atentados terroristas, permanecerá nas mãos de organismos militares estrangeiros.

Para abrandar a sua declaração, Stoltenberg acrescentou que a "presença" da OTAN contaria com a participação de civis:

"A nossa presença futura será liderada por civis. Terá a pegada ligeira. Mas terá um componente militar".

O chefe da aliança esclareceu que as tropas atlânticas no país irão treinar e aconselhar as instituições afegãs de segurança. O objetivo é supostamente ajudar o Afeganistão a "se tornar mais autossuficiente" e "construir [o sistema de segurança nacional] sobre a base que conseguimos construir, como parte do esforço internacional mais amplo".

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Anteriormente neste ano, o presidente afegão, Ashraf Ghani, tinha destacado a importância da presença militar norte-americana no país como "essencial para o seu futuro". Depois disso, os EUA suspenderam o processo de retirada das suas tropas do país.

Conforme uma declaração do presidente estadunidense, Barack Obama, até finais de 2017 no Afeganistão não deveriam estar mais nenhumas tropas norte-americanas. Em finais de 2016, ano da saída de Obama do cargo presidencial, estava previsto que só 1 mil soldados estadunidenses permaneçam no país. Agora, o próximo presidente dos EUA terá que lidar com maior herança militar.

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