EUA reconhecem que Kiev não cumpre os acordos de Minsk, afirma parlamentar

© Sputnik / Vladimir Fedorenko / Acessar o banco de imagensAleksei Pushkov, presidente do Comitê Internacional da Duma de Estado da Rússia
Aleksei Pushkov, presidente do Comitê Internacional da Duma de Estado da Rússia - Sputnik Brasil
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O presidente do Comitê da Duma de Estado para as Relações Exteriores, Aleksei Pushkov, declarou que a visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, à Rússia tem como objetivo restaurar as relações parcialmente interrompidas entre os dois países.

"Eu acho que a visita de Kerry tinha a intenção de não só sinalizar uma mudança na posição dos Estados Unidos, mas tentar recuperar o diálogo parcialmente interrompido. E, claro, se os EUA querem restaurar o diálogo, eles devem pelo menos levar em conta a posição da Rússia”, disse Pushkov ao comentar as negociações que John Kerry teve com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ministro das relações exteriores, Sergei Lavrov, na última terça-feira, 13, em Moscou. 

John Kerry, secretário de Estado americano (EUA) - Sputnik Brasil
Kerry: Poroshenko precisa pensar duas vezes antes de usar a força em Donbass
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos manifestou a recepção negativa por parte de Washington sobre as declarações de Pyotr Poroshenko de querer recapturar a aeroporto de Donetsk. Segundo ele, tais ações de Kiev seriam passos destrutivos e os EUA se preocupam com os possíveis resultados. 

“Mas se o Presidente Poroshenko defende o início de qualquer operação de força, nós sugeriríamos a ele que pense antes de tomar tais decisões, pois os acordos de Minsk estariam sob ameaça", disse Kerry após o encontro com Putin e Lavrov. 

Aleksei Pushkov, por sua vez, afirmou que o reconhecimento por parte de Kerry de que Kiev pode não cumprir o acordo de Minsk mostra que os Estados Unidos leva em conta a posição da Rússia. Até não muito tempo atrás, Washington afirmava que via “claramente a prontidão de Kiev para a implementação dos acordos", lembrou o chefe do comitê da Duma.

“Kerry deu a entender que na verdade os EUA não veem esta prontidão toda. A julgar pela declaração de Kerry, os EUA consideram que as duas partes não cumprem os acordos de Minsk, mas é a primeira vez que Washington reconhece que Kiev não cumpre os acordos”, observou o parlamentar.   

Ainda segundo Pushkov, a administração de Barack Obama chegou a  conclusão que "perdeu quase todo o contato com a Rússia e que isso não resolve quaisquer problemas, nem os interesses dos Estados Unidos".

Quando perguntado por que no decorrer da conversa sobre as sanções lado os EUA não abordar o tema da Crimeia, Pushkov disse que, em sua opinião, a posição dos EUA tem duas camadas.

"Uma camada diz respeito à situação no Leste da Ucrânia. A segunda rodada de sanções contra a Rússia foi por conta da  oposição dos EUA à política da Rússia em relação ao leste da Ucrânia. Existe uma segunda camada, que está agora em segundo plano, mas que ainda reside na posição do Ocidente. São aquelas sanções que foram adotadas por conta da reintegração da Crimeia à Rússia", disse ele.

Pushkov admitiu que ele não acredita que os Estados Unidos reconsiderem a sua posição sobre a Criméia. No entanto, ele admite que em Washington estão conscientes de que Crimeia faz parte da Federação Russa e que é absolutamente impossível tentar colocar pressão na região.  


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