Moscou: tentativa de Kiev de retomar aeroporto de Donetsk viola acordos de Minsk

© AP Photo / Mstyslav ChernovObservadores de OSCE no aeroporto de Donetsk
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Os planos de Kiev de retomar o aeroporto de Donetsk, controlado pelas forças de autodefesa do leste ucraniano, contradizem os acordos de Minsk, segundo declarou o porta-voz presidencial da Rússia, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva nesta terça-feira (12).

"É claro", disse Peskov, respondendo afirmativamente a uma pergunta sobre o assunto. "Temos declarado repetidamente que o lado ucraniano não cumpre os pontos dos acordos de Minsk", observou.

Na segunda-feira (11), o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, disse que o aeroporto de Donetsk seria retomado por suas tropas. "Eu não tenho dúvida de que vamos liberar o aeroporto, porque é a nossa terra", afirmou Poroshenko.

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As forças de Kiev controlaram os terminais do aeroporto de Donetsk por vários meses, bombardeando os subúrbios da cidade a partir de suas posições. Em janeiro, porém, as autoridades da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) anunciaram que as suas forças de autodefesa haviam recuperado o controle total sobre o ponto estratégico. Desde então, as tropas ucranianas fizeram várias tentativas de recapturar as suas posições. De acordo com o Ministério da Defesa da RPD, cerca de 600 militares ucranianos foram mortos ou feridos durante o impasse armado em torno do aeroporto.

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No entanto, o cessar-fogo é um dos pontos-chave dos acordos de Minsk assinados em fevereiro pelas partes em conflito, com a participação da Rússia, da França e da Alemanha, a fim de assegurar uma resolução para a crise. Outros pontos incluem a retirada do armamento pesado da linha de contato, a troca de prisioneiros e a realização de eleições locais em Donbass, bem como uma reforma constitucional na Ucrânia.

No vídeo abaixo, o líder da RPD, Aleksandr Zakharchenko, depois de visitar o aeroporto de Donetsk em novembro do ano passado, já denunciava os constantes bombardeios feitos por Kiev, inclusive em áreas residenciais, mesmo após a assinatura, em setembro (também em Minsk), de um primeiro memorando de cessar-fogo no leste da Ucrânia.

 

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