Apesar de trégua, coalizão árabe promete resposta severa aos houthis no Iêmen

© REUTERS / Khaled AbdullahAtaque aérea na capital do Iêmen
Ataque aérea na capital do Iêmen - Sputnik Brasil
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O porta-voz das forças árabes manifestou que a coalizão fará uma resposta severa aos rebeldes houthis após ataques contra cidadãos saudis e não irá se limitar por quaisquer limitações.

“A equação é diferente, a confrontação é diferente, eles pagarão um preço duro e caro, frisou o porta-voz da coalizão, general Ahmed al-Asseri”, citado pela Al-Jazeera.

“A segurança da Arábia Saudita é a principal prioridade para a coalizão e as Forças Armadas sauditas. Eles [houthis] atravessaram a linha vermelha”.

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Segundo afirmam as autoridades sauditas, nesta terça-feira (5) a cidade fronteiriça de na Arábia Saudita foi bombardeada com granadas de morteiro por parte do grupo radical xiita Houthi. Três pessoas morreram e mais 37 sofreram lesões na sequência do ataque.  

Os comentários belicosos de Asseri apareceram umas horas depois de o chanceler da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, propor um cessar-fogo humanitário por cinco dias mas somente se os houthis também parar as hostilidades. Jubeir fez esta declaração durante a coletiva com o secretário do Estado dos EUA, John Kerry.

Segundo os dados mais recentes, o cessar-fogo entrará em vigor a partir da tarde do dia 12 de maio.

Porém, a situação pode permanecer tensa até o início da trégua. Assim, nesta sexta-feira os aviões da coalizão internacional dispersaram folhetos sobre a cidade iemenita de Saada que é considerado como um dos esteios dos rebeldes houthis apelando aos civis para deixarem a cidade. Segundo testemunhas, a coalizão liderada pela Arábia Saudita submeteu a cidade a fortes bombardeios.        

A Rússia, por sua parte, apela a todos os lados para começarem negociações em vez de escalar o conflito. O Representante Permanente da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, comentou a situação:

“Eu acredito que este é um passo imprudente que levará a nova escalação do conflito. O que precisamos é uma rápida retomada das conversações com a participação da ONU”, disse Churkin aos jornalistas em resposta à pergunta sobre o apelo do Iêmen à comunidade internacional de realizar operações terrestres no país.

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Ele também sublinhou que a Rússia continua discutindo a situação no Iêmen com os líderes regionais.

“Recentemente eu realizei umas negociações muito positivas com o grupo CCG (Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo) e também realizei uma reunião muito boa com os Representantes Permanentes da Arábia Saudita e Catar. Nós concordamos que é necessário retomar as conversações rapidamente”, disse Churkin.

“Esperamos que toda a violência pare em breve no Iêmen”, acrescentou ele.

Segundo Churkin, o enviado especial do ex-secretário-geral da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, "preparou uma ótima base" para as conversações que prometem ser positivas afinal.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos anunciou no dia 21 de abril uma mudança da tática da sua intervenção no Iêmen. Dois dias depois começou a operação chamada Restaurando a Esperança.

A operação Tempestade Decisiva (Decisive Storm) foi lançada pela Arábia Saudita em finais de março alegadamente para combater os militantes xiitas, que lutam contra as forças leais ao presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi (que fugiu do país).

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