UE triplicará fundos para patrulhas nos mares para lidar com crise de imigrantes

© AP Photo / Lino AzzopardiTransporte dos corpos resgatados após naufrágio no Mediterrâneo.
Transporte dos corpos resgatados após naufrágio no Mediterrâneo. - Sputnik Brasil
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A União Europeia concordou, nesta quinta-feira, em triplicar os fundos para as patrulhas no Mediterrâneo e em enviar navios de vários países para ajudar a responder à crise de imigrantes que tentam chegar à Europa a partir da África.

Líderes dos 28 países do bloco se reuniram em Bruxelas para buscar soluções para a crise, após centenas de pessoas morrerem afogadas em um dos piores naufrágios de imigrantes no Mediterrâneo. O desastre gerou pressão internacional e levou as lideranças a retomar o financiamento para patrulhas, que havia sido cortado no fim do ano passado.

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Os governos também decidiram elaborar planos para combater as redes de tráfico de pessoas, que lucram levando imigrantes à Europa. O Reino Unido comprometeu-se a enviar um navio para patrulhar a área entre a Sicília e a costa da Líbia. Alemanha, Irlanda, Croácia, Espanha e Bélgica também ofereceram embarcações.

"Nós temos de restringir os grupos criminosos, apreender ativos e dificultar as atividades deles", afirmou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, segundo a Agência Estado.

Estima-se que 1.750 imigrantes tenham morrido no Mediterrâneo até 21 de abril neste ano, quando no mesmo período de 2014 só haviam ocorrido 56 mortes de imigrantes tentando chegar à Europa pela via marítima, em embarcações precárias.

As ressalvas para lidar com a imigração, porém, podem prejudicar a cooperação sobre o tema, segundo diplomatas. O premiê do Reino Unido, David Cameron, disse que esses imigrantes não terão direito a pedir asilo em seu país. Nações como Malta, Itália e Grécia enfrentam um fardo desproporcional diante do crescente fluxo de imigrantes, oriundos de zonas de conflito como a Líbia e a Síria. 

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