Paquistão: ajuda dos EUA não tem impacto no país

O pacote de investimento norte-americano de 7,5 bilhões de dólares no Paquistão foi “espalhado muito fino” em comparação com 46 bilião de dólares que a China planeja investir, disse ex-funcionário do Pentágono, David S. Sedney.

Sedney, que dirigiu o departamento do Paquistão no Pentágono, disse que o pacote dos EUA também não conseguiu fazer um impacto estratégico no país, relata o portal paquistanês Dawn. 

Alguns diplomatas ocidentais disseram à CBS News que o aumento do envolvimento econômico da China deve ser considerado como um "esforço para combater as tentativas dos Estados Unidos aprofundarem as alianças em torno da região Ásia-Pacífico".

Para fazer melhor do que os Estados Unidos, os chineses vêm-se com "um compromisso financeiro muito maior e focado numa área específica”. Autoridades paquistanesas disseram ao The New York Times que os investimentos chineses seriam usados para a construção de estradas, trilhos e usinas de energia. 

O jornal também conversou com altos funcionários paquistaneses e políticos que destacaram que "os chineses estão a intensificar-se de forma muito, muito maior do que os Estados Unidos já contemplaram”.

Além disso, o  ex-embaixador do Paquistão nos Estados Unidos, Husain Haqqani, acredita que os Estados Unidos devem parar a sua ajuda militar para combater extremistas no país porque isso só alimenta o conflito no Sul da Ásia.

O ex-embaixador acrescentou que a menos que o Paquistão mudou sua visão de mundo, as armas americanas vão acabar sendo usados para ameaçar Índia e combater os inimigos internos em vez de lutar contra os jihadistas.

Anteriormente, a administração de Barack Obama anunciou que este mês investiria quase 1 bilhão de dólares em helicópteros, mísseis e outros equipamentos para o Paquistão.