Mídia: liderança econômica dos EUA chegou ao fim

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O "excepcionalismo norte-americano" e a dominação do mercado mundial já acabou, escreve o colunista do Market Watch, Paul Farrell.

De acordo com ele, os EUA estão ficando atrás na concorrência com os países em desenvolvimento, o país não é capaz de parar o declínio do seu próprio PIB.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que não acha que os norte-americanos sejam pessoas excepcionais, escreve o colunista Paul Farrell no seu artigo no jornal New York Times. O presidente russo disse: "Eu acho que é muito perigoso colocar na mente das pessoas a ideia de sua exclusividade, seja  qual for o motivo".

Segundo Farrell, a base destas afirmações está na psicologia simples. "’O excepcionalismo norte-americano’ é a crença de que nossa política é superior a todas as outras, que nossos valores são únicos, que somos os melhores do mundo ", escreve o especialista.

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Enquanto isso, segundo Farrell, há novas evidência de que, pelo menos na economia global, a concorrência da China e dos países em desenvolvimento estão abalando  a "exclusividade" dos EUA. E esta tendência é cada vez mais evidente.

O Banco Mundial (BM) e o FMI estão "preocupados com o destino da América do Norte.

"No início deste ano, o Banco Mundial alertou para o seguinte: o crescimento da economia dos EUA e a redução dos preços do petróleo não serão suficientes para reduzir os problemas na zona do euro e nos mercados emergentes globais. Em outras palavras, ‘já não somos uma superpotência mundial’", disse o especialista.

Os indicadores Dow Jones Industrial Average (DJIA) superam os máximos históricos. Em março de 2009, o DJIA atingiu o nível de 6.547 pontos, perdendo 54% em relação aos tempos pré-crise, mas agora a marca está fixado em 18.288 pontos. No entanto, diz Farrell, o pico já passou e a bolha que aumenta nos mercados norte-americanos certamente explodirá.

Mais cedo, a chefe do FMI, Christine Lagarde, propôs uma solução para reduzir o crescimento global — as reformas do mercado, mas elas não foram realizadas, lembra o analista:

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"Aparentemente, não havia ninguém que fosse suficientemente ‘especial’ para realizar estas reformas".

O pior é que os chefes de bancos centrais, altos executivos e políticos, estão totalmente imersos na tomada de decisões táticas. Eles insistem em estimular o crescimento à custa de novas dívidas e se recusam a tratar de problemas sistêmicos:

"Estamos a prejudicar-nos a nós próprios, estamos caminhando para um crescimento zero e medidas econômicas dolorosamente duras, como na década de 1930".

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