G7: sanções contra Rússia dependem da implementação dos acordos de Minsk

Os acordos de Minsk prevêm um regime de cessar-fogo no leste ucraniano, mas os independentistas de Donbass acusam as forças ucranianas de constantes violações.

A duração das sanções impostas à Rússia pelo Ocidente por conta da crise ucraniana dependerá da implementação dos acordos de Minsk. A informação foi divulgada na declaração conjunta dos ministros das Relações Exteriores do G7 nesta quarta-feira, 15. 

Segundo a nota, as sanções não são um objetivo em si mesmo. O G7 destacou a ligação direta entre as medidas de restrição internacionais e a plena implementação dos acordos de Minsk.

Os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, Alemanha, Canadá, Itália, Estados Unidos, França e Japão pediram que as partes em conflito na Ucrânia implementem plenamente os acordos de Minsk, observando que eles apoiam os esforços diplomáticos do “quarteto da Normandia".

"Apelamos a todas as partes para assumir a responsabilidade e cumprir os compromissos assumidos no âmbito dos acordos de Minsk", disseram os ministros das relações exteriores do G7.

Em 12 de fevereiro, as negociações do chamado "quarteto da Normandia" foram realizadas na capital bielorrussa de Minsk, reunindo o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko. As negociações duraram cerca de 14 horas. 

Como resultado, os acordos assinados em Minsk prevêem um cessar-fogo no sudeste da Ucrânia, a retirada de armamento pesado, a troca de prisioneiros, eleições locais na região de Donbass e a realização de uma reforma constitucional na Ucrânia. No entanto, são constantes os relatos de violações do cessar-fogo. 

Na última segunda-feira, 13, o representante das forças separatistas da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, disse que as forças de segurança ucranianas violaram 66 vezes o cessar-fogo em Donbass durante um dia só.