Opinião: Europa de Leste está se libertando da tirania dos EUA

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Os Estados Unidos estão a perder apoio entre os países europeus, escreve o jornalista irlandês Brian McDonald, comentando a declaração do embaixador dos EUA na República Checa, Andrew Shapiro, que criticou a decisão do presidente Milos Zeman de participar nas celebrações do 9 de maio, em Moscou.

Shapiro, em seu recente discurso na televisão nacional, criticou a visita planejada do presidente tcheco a Moscou para celebrar o 70º aniversário da vitória sobre o nazismo. Em resposta, o presidente Zeman disse que não iria permitir a interferência em suas viagens ao exterior por parte de qualquer embaixador e que, a partir deste momento, as portas da sua residência infelizmente ficariam fechadas para o embaixador dos EUA.

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Brian McDonald acredita que "logo que Barack Obama anunciou que ele não iria participar das festividades do 70º aniversário da Vitória na Segunda Guerra Mundial, o Departamento de Estado dos EUA esperava que todos os países aliados fizessem o mesmo."

Em sua opinião, o mais incrível do incidente entre o presidente da República Tcheca e o embaixador norte-americano Andrew Shapiro é o fato que o líder europeu decidiu agir contra a tirania americana.

"Os americanos não gostam quando ignoram suas instruções. Quando você acha que o seu país é ‘excepcional’, como pode alguém ousar questionar suas ordens?', ironiza o autor.

McDonald tem certeza que o presidente tcheco estará sob intensa pressão de vários funcionários do governo que quase certamente irão exigir que Zeman volte atrás em suas palavras.

Entretanto, é pouco provável que o presidente tcheco fique sozinho: quando a economia está ruim, muitos países começam a pensar, se o jogo de soma zero, apoiado por Washington e Bruxelas, valerá realmente a pena. A Hungria, Eslováquia, República Checa, Grécia e Chipre já manifestaram insatisfação com a política da União Europeia em relação à Rússia. A Sérvia e Turquia são contra as sanções antirrussas. 

Agora, de acordo com o jornalista, Washington terá que escolher: continuar a intimidar a Europa Oriental, arriscando-se a ver a desintegração do campo aliado, ou ouvir as preocupações e desejos da região. Mas, no segundo caso, escreve McDonald, os Estados Unidos devem reconhecer a loucura da política americana em relação à Ucrânia.

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