Israel ainda considera ação militar contra o Irã

© AP Photo / Vahid Salemi, FileTécnico iraniano em instalação de enriquecimento de urânio
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Mesmo após o acordo entre o Irã e negociadores do P5+1, oficial de Israel sustenta que opções militares ainda são uma possibilidade.

Na última semana, as negociações entre grandes potências mundiais e o Irã avançaram até os moldes de um acordo. Em troca do fim das sanções, o Irã concordou em limitar sua capacidade de enriquecimento de urânio para assegurar que seus objetivos nucleares são completamente pacíficos.

Apesar do acordo, o ministro de Israel para Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, disse a repórteres, nesta segunda-feira, que opções militares ainda estão "na mesa."

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"Estavam na mesa. Ainda estão na mesa. Vão continuar na mesa", disse Steinitz. "Israel deve ter a capacidade de se defender por conta própria contra qualquer ameaça. É nosso direito e dever decidir como nos defender, especialmente se nossa segurança nacional e até nossa própria existência estão sob ameaça."

Steinitz fez comentários semelhantes na última semana. Ao falar para ouvintes de uma rádio pública, afirmou que Israel responderia a qualquer ameaça nuclear, dizendo ainda que "se não temos escolha, não temos escolha… a opção militar ainda está na mesa." "O primeiro-ministro afirmou claramente que Israel não permitiria ao Irã tornar-se uma potência nuclear."

Steinitz também divulgou uma lista de mudanças que Israel gostaria de ver incluídas no acordo nuclear entre o P5+1 e o Irã. Entre elas estão o fechamento da instalação subterrânea de Fordo, o envio para fora do Irã de todo urânio enriquecido, e a liberdade para que inspetores internacionais possam ir "a qualquer lugar, a qualquer hora."

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O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tem sido radicalmente contra as negociações nucleares. Durante um polêmico discurso no Congresso americano no último mês, ele enfatizou que "este acordo mudará o Oriente Médio para pior e dará início a uma corrida nuclear na região."

Durante o discurso, Netanyahu pediu um Oriente Médio livre de armas nucleares, embora acredite-se que Israel seja uma das poucas nações do mundo em posse de tais armamentos. Um documento confidencial divulgado pelo Pentágono no último mês revelou que Israel vem desenvolvendo armas nucleares há décadas.

Israel não é o único país que considera ações militares contra o Irã. Na última terça-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, expressou sentimento parecido em um programa do canal NBC. "A opção militar certamente continuará na mesa. Uma de minhas funções é garantir que todas opções estejam na mesa."

O acordo entre o Irã e o P5+1 permite que Teerã opere centrífugas de enriquecimento de urânio em capacidade reduzida e sob intensa observação pelos próximos 15 anos. Um acordo completo está sendo redigido e deve ficar pronto até o dia 1º de julho.

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