Segundo os últimos dados, nos bairros residenciais próximos ao aeroporto de Sanaa morreram 65 pessoas, inclusive crianças e mulheres, segundo um funcionário local. O número de vítimas possivelmente irá crescer porque a Força Aérea saudita e dos aliados recomeçou os ataques aéreos.
O embaixador da Arábia Saudita, Adel A. al-Jubeir, anunciou na noite desta quarta-feira o início da operação militar por parte do seu país no Iêmen. A operação foi iniciada com ataques aéreos, mas também envolveria manobras terrestres. Segundo o canal televisivo Al-Arabiya, a Arábia Saudita planeja envolver 100 aviões militares e 150 mil soldados na operação.
Os países do Golfo Pérsico anunciaram estar combatendo as “maiores ameaças” à estabilidade na região com o intuito de repelir a “agressão houthi” no Iêmen. O diplomata saudita revelou que o seu país coordenou a operação com os EUA, que seguirá dando suporte, segundo informação divulgada pela Reuters.
O Egito manifestou prontidão para amparar a coalizão dos países do golfo através do uso de sua força aérea, marinha e exército em todas as operações. O páis já enviou quatro navios militares ao litoral do Iêmen no golfo de Aden. A Força Aérea do Sudão, por seu turno, juntou-se à coalizão.
O canal de TV Al-Arabiya informa que a Força Aérea saudita destruiu a base aérea controlada pelos houthis em Sanaa e vários arsenais. Além disso, os aviões destruíram a maioria dos sistemas de defesa antiaérea dos rebeldes.
Na manhã desta quinta-feira (26) o representante do presidente iemenita Abd Rabbo Mansour Hadi, que segundo relatos da mídia é apoiados pelos EUA, disse que o chefe de Estado permanece na cidade de Aden e apoia a operação militar, informa a Reuters. O presidente Hadi tentou deixar o Iêmen e entrar em Omã, mas não recebeu permissão das autoridades desse país. A informação foi divulgada à Sputnik por uma fonte no Serviço de Guarda Fronteiras. Depois, no entanto, soube-se que, em uma segunda tentativa, Hadi conseguiu deixar o Iêmen e entrar em Omã.
Os rebeldes do grupo xiita Houthi, por seu turno, consideram a operação militar uma agressão contra o povo iemenita.