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Itamaraty: Ministros viajam à África

© Ana de Oliveira/AIG-MREPalácio do Itamaraty
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O governo brasileiro começa, esta semana, uma ofensiva para retomar as relações com o continente africano.

Na sexta-feira, 27 de março, os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, partem para uma primeira viagem a Angola e Moçambique, os dois países de língua portuguesa onde a presença brasileira é mais forte. Vieira ainda visita Gana e São Tomé e Príncipe.

A decisão de recolocar a África no radar brasileiro é o primeiro sinal de mudança na política externa nesse segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. “É muito importante para o Brasil manter essa relação”, disse Mauro Vieira ao Estado na sexta-feira, depois de oferecer um almoço a duas dezenas de embaixadores e diplomatas africanos no Palácio do Itamaraty. Ao fazer o discurso de recepção, o ministro fez questão de deixar claro o interesse brasileiro na região — mesmo que os recursos para cooperação técnica, uma das principais portas de entrada nos países africanos, tenham sido muito reduzidos.

“Ajustes conjunturais podem incidir momentaneamente sobre os meios de que dispomos, mas não alteram nossa noção de prioridades. A África foi, é e continuará a ser uma prioridade absoluta da política externa brasileira”, afirmou.

Nesse primeiro périplo africano, o governo brasileiro quer chegar com força, para marcar novamente sua presença. Além de dois ministros, vão a Angola e Moçambique uma missão comercial, além de um grupo de técnicos do Ministério do Desenvolvimento e de diplomatas representando as áreas de cooperação e também promoção comercial.

Até agora, dois atos já estão acertados. Será com esses dois países que o Brasil irá assinar os primeiros Acordos de Proteção de Investimentos (APIs) importantes. O mecanismo, adotado por dezenas de países, foi deixado de lado pelo Brasil desde a década de 90, quando os acordos acertados pelo governo Fernando Henrique Cardoso foram considerados problemáticos por permitir que questões sobre o tema pudessem ser resolvidas na Justiça internacional. Os novos APIs preveem uma mesa de negociações para solução de controvérsia e podem dar mais garantia a investidores nos dois países.

fonte: Estadão Conteudo


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