Polícia da Tunísia prende nove suspeitos de ataque ao Museu Nacional Bardo

Museu Nacional Bardo.
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A presidência da Tunísia informou que suas forças de segurança detiveram nove pessoas suspeitas de ligação com o ataque ao Museu Nacional Bardo, que deixou 23 mortos, a maioria turistas estrangeiros, na quarta-feira (18).

O comunicado divulgado nesta quinta-feira (19) diz que cinco dos detidos estiveram diretamente ligados à operação, que envolveu dois atiradores que atacaram o museu. Outros quatro têm conexão com os homens que realizaram o ataque, mas suas bases ficavam nas proximidades da capital. O documento descreve os participantes do ato como uma "célula", mas não diz se eles fazem parte de um grupo maior. 

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O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, disse nesta quinta-feira que um dos homens que atacou o museu era conhecido dos serviços de inteligência tunisianos, mas não foi estabelecida sua ligação com um grupo extremista em particular.

O ataque ao Museu Nacional Bardo foi o pior em um local turístico da Tunísia nos últimos anos e deve afetar a indústria do turismo no país. A companhia Costa Crociere anunciou o cancelamento das paradas de seus navios de cruzeiro em portos do país.  Arame farpado cercava o museu nesta quinta-feira e forças de segurança eram vistas nas principais vias da capital, Túnis. Na quarta-feira, os dois atiradores saíram de um veículo com rifles de assalto e começaram a disparar contra turistas que saíam de ônibus. Os atiradores entraram no museu e fizeram reféns antes de serem mortos durante um tiroteio com forças de segurança.  Um homem e uma mulher espanhóis se esconderam no museu durante toda a noite e foram retirados em segurança nesta manhã, informou o ministro da Saúde à Associated Press. O ministro de Relações Exteriores da Espanha disse que a polícia procurou Juan Carlos Sanchez e Cristina Rubio durante a noite inteira.

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O premiê tunisiano disse em entrevista à rádio francesa RTL que seu país trabalha com outros países para obter mais informações sobre os dois homens que realizaram o ataque, identificados como Yassine Laabidi e Hatem Khachnaoui.  Ele disse que Laabidi havia atraído a atenção dos serviços de inteligência, embora isso não tenha acontecido por "nenhuma razão especial". 

Nenhum grupo havia assumido a autoria do ataque. A violência extremista no país é dispersa, mas um número desproporcionalmente grande de tunisianos tem se juntado ao grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque. 

O ataque representa um grande problema para a indústria do turismo local, que atrai uma grande quantidade de estrangeiros a cada ano para as praias mediterrâneas do país, seus oásis no deserto e antigas ruínas romanas. O setor havia começado a se recuperar após anos de crise.

 

Estadão Conteúdo

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