Iraque interrompe ofensiva contra EI em Tikrit

© AP Photo / Khalid MohammedTumba demolida de Saddam Hussein
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A ofensiva iraquiana para retomar a cidade de Tikrit, que está em poder do grupo Estado Islâmico, será paralisada até que os civis da cidade natal de Saddam Hussein possam fugir e que bombas colocadas à margem de vias possam ser retiradas, informou o ministro do Interior, Mohammed Salem al-Ghabban, nesta segunda-feira.

As declarações de Al-Ghabban são uma explicação pública do porquê da ofensiva, que começou em 2 de março, ter sido interrompida. Soldados, policiais, milícias xiitas e combatentes tribais sunitas estão apenas na periferia da cidade. A operação é vista como um passo crucial na libertação de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque.

O ministro falou com jornalistas na cidade de Samarra, que fica nas proximidades de Tikrit. Ele afirmou que militantes do Estado Islâmico instalaram bombas em vias e prédios no caminho para Tikrit. As forças iraquianas, auxiliadas por conselheiros iranianos, reduziram a velocidade do avanço, declarou Al-Ghabban.

"Os militantes estão espremidos numa pequena parte do centro da cidade", afirmou ele.

O ministro não deu um prazo para a retomada das ações, afirmando que a decisão "foi deixada para os comandantes em campo". Até o momento, a campanha não recebe auxílio dos ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos, que continuam em outros pontos do Iraque e da Síria. O general americano Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, disse na semana passada que pelo menos 20 mil milicianos participam da ofensiva.

Tikrit, a capital da província de Salahuddin, fica a cerca de 130 quilômetros ao norte de Bagdá, no caminho que liga Bagdá a Mosul. Sua retomada ajudará as forças iraquianas a recuperar uma importante ligação para uma operação futura de reconquista de Mosul.

Autoridades militares americanas disseram que uma missão militar coordenada para retomar Mosul deve começar em abril ou maio e envolver até 25 mil soldados iraquianos.

fonte: Estadão Conteúdo

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