Ministro russo: "Tem que ter ironia para com aqueles que tentam revisar a História"

© Sputnik / Yevgeniya Novozhenina / Acessar o banco de imagensVladimir Medinsky, ministro da Cultura da Rússia
Vladimir Medinsky, ministro da Cultura da Rússia - Sputnik Brasil
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Em entrevista exclusiva à Sputnik Sérvia, o ministro russo da Cultura, Vladimir Medinsky, disse que a Rússia irá comemorar os 70 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial com muitos filmes de ficção e documentários, exposições e outro tipo de eventos.

Em particular, o ministro destacou o filme russo-ucraniano "Batalha de Sevastopol", dedicado a Lyudmila Pavlichenko, "a franco-atiradora mais eficiente da história mundial".

"É de admirar como esta moça frágil… ao chegar ao exército aos 20 anos, liquidou 309 fascistas, 36 deles franco-atiradores profissionais alemães… Ao desmobilizar, ela foi com a delegação soviética aos EUA, participou da campanha pela abertura da segunda frente. O próprio Charlie Chaplin dizia que invejava a sua popularidade", disse Medinsky, ressaltando o papel da mulher russa na defesa da pátria.

Dois dias depois de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o ministro da Cultura da Rússia assistiu em Belgrado à estreia do filme russo "O Batalhão", sobre o batalhão feminino russo na Primeira Guerra Mundial. "Nós todos sabemos que foi aqui, nos Bálcãs, que a guerra começou, e para mim é muito simbólico que o filme tenha estreado em Belgrado", comentou Medinsky.

O ministro disse que "deve-se ter uma atitude irônica" em relação a quem tenta insistir que a Sérvia e a Rússia foram os responsáveis pela Primeira Guerra Mundial. Defendeu também que não vê nenhuma animosidade no Ocidente relativamente à Rússia quando viaja em missões culturais.

"Mas os políticos precisam de inimigos, eles precisam de uma justificação da sua impotência. Quando  a liderança ucraniana grita sobre a "ameaça russa", quando mantém de fato uma guerra contra o seu próprio povo, como pode ser explicada de outra maneira esta política doentia senão como uma justificação da sua impotência profissional?", disse o ministro da Cultura.

Ele comentou também que 2014 foi "um ano recorde" em termos de aberturas e inaugurações de novos teatros, museus e outros estabelecimentos culturais na Rússia. "Sem dúvida, a cultura é um excelente embaixador da paz e divulgadora de valores reais, humanos", frisou o ministro.

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