Ex-ministro da Ucrânia: normalização das relações com a Rússia é do interesse de Kiev

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O Ex-Ministro ucraniano da Receita e de Impostos, Aleksandr Klimenko, acredita que a criação de uma Comissão da Verdade e Reconciliação, a exemplo da que fora criada na África do Sul por Nelson Mandela, poderia corroborar para o restabelecimento da paz na Ucrânia.

Em artigo publicado no Newsweek, o ex-ministro diz que para alcançar uma regulação do conflito a longo prazo não basta estabelecer um cessar-fogo, mas é preciso buscar uma reconciliação no interior da própria sociedade.

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Na sua opinião, para alcançar a paz na Ucrânia, é preciso sanar a cisão surgida na vida cotidiana do país, cujos habitantes “falam línguas diferentes tanto no sentido figurado, quanto literal”.

Ele acredita que a criação de uma Comissão da Verdade e Reconciliação poderia ser muito útil para esse processo. Klimenko destaca, no entanto, que qualquer iniciativa diplomática deve ser baseada em uma série de reformas.

Em primeiro lugar, escreve Klimenko, a Ucrânia precisa passar pelo processo de descentralização que foi prometido verbalmente por muitos líderes do país, incluindo o atual Presidente Pyotr Poroshenko.

“O grau da participação da população na vida política do país é sempre proporcionalmente inversa ao risco do conflito”, diz o político.

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Em segundo lugar, o ex-ministro acredita que o governo da Ucrânia deveria estimular o desenvolvimento econômico das regiões, a fim de evitar disputas internas sobre “quem abastece quem”. A solução para isso seria a criação de zonas econômicas especiais.

Em terceiro e último lugar, Klimenko escreve que a Ucrânia precisa manter a sua neutralidade.

“A entrada da Ucrânia da OTAN é inadequada para a situação atual e, provavelmente, irá apenas agravar o conflito. No lugar disso, os líderes ucranianos devem buscar a normalização das relação com a Rússia no âmbito da associação assinada com a União Europeia” — destacou o ex-ministro.

Nas suas palavras, ao invés de ser o ponto de discórdia, a Ucrânia deveria assumir o papel de ponte entre o Ocidente e o Oriente.

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