Fiscal que tinha acusado presidente da Argentina foi assassinado, diz esposa

© AFP 2023 / JUAN MABROMATASandra Arroyo Salgado
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A ex-mulher do promotor federal argentino Alberto Nisman declarou que o fiscal foi morto. Juíza Federal não descarta nenhuma versão.

Na quinta-feira (5), a juíza argentina Sandra Arroyo Salgado, ex-esposa do promotor federal Alberto Nisman, convocou uma coletiva de imprensa em que disse que o seu ex-marido foi assassinado.

"É lógico que não se pode acreditar no suicídio que pretende-se comprovar pela simples razão de que Alberto Nisman não se suicidou-se. Alberto Nisman foi assassinado", declarou Salgado, acrescentando depois no seu discurso que considerava a morte do fiscal como "magnicídio".

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Junto à ex-esposa, estavam presentes na coletiva a mãe de Nisman, Sara Garfunkel, e os três peritos que estabeleceram que a morte não foi voluntária, Osvaldo Raffo, Daniel Salcedo e Julio Ravioli, e também o defensor público dos próximos e partidários do fiscal morto, Germán Carlevaro.

Salgado criticou também a atitude da investigação oficial, cuja porta-voz é a fiscal Viviana Fein, por só ter considerado a versão de suicídio.

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Depois da coletiva dada por Sandra Arroyo Salgado, a própria Viviana Fein fez uma declaração oficial afirmando que não descarta nenhuma das hipóteses e que, para se estar certos de uma versão ou outra, é preciso aguardar "uma série de relatórios do corpo médico forense e de uma perícia técnica sobre telefones e computadores".

O promotor federal Alberto Nisman, que investigava o atentado contra o prédio da Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires, que matou 85 pessoas em 1994, foi encontrado morto no banheiro do seu apartamento em 18 de janeiro, com uma pistola e um tiro na cabeça. Naquela segunda-feira, ele estava planejando apresentar no Congresso a acusação formal contra a presidente, Cristina Fernández de Kirchner, e outros altos funcionários do país, de encobrir os autores do atentado.

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