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Indonésia mantém pena de morte para 11 réus, incluindo um brasileiro

© REUTERS / Olivia HarrisJoko Widodo, presidente da Indonésia
Joko Widodo, presidente da Indonésia - Sputnik Brasil
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O presidente da Indonésia, Joko Widodo, defendeu o direito de utilizar a pena de morte e assegurou que não vai voltar atrás nas execuções previstas de onze condenados, sete deles estrangeiros, por tráfico de drogas.

O brasileiro Rodrigo Gularte, 42 anos, está entre os sete estrangeiros que serão executados neste mês. As petições de clemência do governo brasileiro foram rechaçadas por Widodo. Ele também recusou petições da Austrália e da França.

O presidente declarou ao jornal "Jakarta Post" que a pena de morte é parte do sistema legal da Indonésia e frisou que outros países não devem interferir em sua política. "Nada vai intervir na execução da pena capital, porque é nossa soberania legal, nossa soberania política", declarou.

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Widodo também defendeu sua decisão de chamar o embaixador indonésio no Brasil, Toto Riyanto, após Dilma Rousseff se negar a receber suas credenciais. Em janeiro, a execução do brasileiro Marco Archer por tráfico de drogas gerou mal-estar entre os dois países, após Dilma ter falado com o presidente indonésio, pedindo clemência. No mesmo período, o governo ignorou os apelos de clemência de diversos países e executou um indonésio e cinco estrangeiros.

O porta-voz da diplomacia indonésia, Armanatha Nasir, ressaltou que o país tem explicado ao Brasil, "em nível técnico, em nível ministerial e até em nível dos chefes de Estado", que a condenação de dois brasileiros à pena de morte é uma questão de "implementação da lei" indonésia. "Esperamos que eles entendam isso", acrescentou o porta-voz.

As execuções também deterioraram as relações entre a Indonésia e a Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony Abbott, pediu clemência para dois australianos, recordando a ajuda prestada por Camberra ao país após o tsunami de 2004. Atualmente, 133 pessoas estão no corredor da morte na Indonésia, sendo 57 delas por tráfico de drogas. As datas das execuções ainda não foram divulgadas e devem ser anunciadas com 72 horas de antecedência.

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