Marcha silenciosa em homenagem a Nisman leva milhares às ruas na Argentina

© AP Photo / Victor R. CaivanoBuenos Aires: Manifestação na Avenida de Mayo
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Milhares de argentinos marcharam pela capital do país nesta quarta-feira, pedindo respostas para a misteriosa morte do promotor de Justiça Alberto Nisman, que foi encontrado morto há exatamente um mês.

Uma multidão de argentinos saiu às ruas nesta quarta-feira, 18 de fevereiro, sob chuva em Buenos Aires para pedir justiça pela morte do promotor Alberto Nisman, que acusou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de encobrir um atentado.

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Manifestantes carregavam bandeiras do país e cartazes pedindo "Justiça!" e "Verdade!". O protesto foi organizado por promotores federais, indignados com a forma como o governo da Argentina lidou com a morte do colega que investigava um atentado terrorista ocorrido na década de 1990. O evento recebeu uma forte adesão dos opositores ao governo de Kirchner, segundo informou Estadão Conteudo. 

A marcha acontece num momento em que os argentinos continuam perplexos com as circunstâncias da morte de Nisman, principal investigador do atentado à bomba de 1994 contra um centro comunitário judaico em Buenos Aires, que deixou 85 mortos.

Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, na véspera do dia em que apresentaria ao Congresso um relatório acusando Cristina e comparsas de armarem um complô com o Irã para sabotar a investigação sobre o atentado. O governo argentino nega as acusações e as classifica como "absurdas".

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O ministro do Planejamento do país, Julio De Vido, descreveu o protesto marcado para hoje como um "golpe institucional gerado por uma minoria do judiciário". "Me sentiria participando se o objetivo real, no fundo, fosse uma homenagem a Nisman… tenho amigos (do governo) que vão estar lá", disse a jornalistas o secretário-geral de gabinete da Presidência, Aníbal Fernández, segundo noticiou Reuters.

Embora a hipótese mais forte seja um suicídio, tampouco foi descartada uma morte estimulada ou assassinato.

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