Kirchner ridiculariza sotaque chinês no seu Twitter

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Um tweet irônico da presidente argentina Cristina Kirchner escrito durante a sua visita à China, no qual ela ridiculariza as dificuldades dos asiáticos quanto à pronúncia das letras L e R, gerou polêmica tanto na Argentina como no estrangeiro.

Kirchner, que está na China para expandir as relações políticas e econômicas entre os dois países, escreveu nesta quarta-feira (4) no seu Twitter sobre o número de pessoas que atenderam um dos seus eventos em Pequim "Mais de mil participantes no evento… Serão todos da 'La Cámpola' e vieram só pelo aloz [arroz] e o petlóleo [petróleo]? 

A presidente argentina estava se referindo à La Campora, organização juvenil do partido kirchnerista dirigida pelo filho dela. Os adversários políticos de Kirchner dizem que os seus adeptos assistem aos eventos do partido para tirar uma sandes ou uma bebida grátis. 

Quando o tweet gerou acusações de racismo, ela escreveu mais um dizendo “Sorry. Sabe o que é? É tanto o excesso de ridículo e o absurdo que só pode ser digerido com humor". 

Não obstante este caso ter sido coberto na mídia argentina e internacional, a imprensa governamental chinesa não mencionou esta gafe diplomática. 

Os usuários das redes sociais escreveram comentários desdenhosos em resposta à piada de Kirchner – “Que tal se você pronunciar duas frases em chinês para eu poder ouvir o seu sotaque?” ou “Ela tem coragem para pedir investimento e ao mesmo tempo ridiculariza o povo chinês, impressionante!”. Além disso, se espalharam piadas chamando a presidente de "CrisChina".

A presidente se encontrou com seu homôlogo chinês, Xi Jinping, com quem assinou 15 acordos envolvendo vistos de viagem, energia, agricultura, telecomunicações e tecnologia espacial, informa a agência Associated Press. Por exemplo, a China contribuirá com 4,4 bilhões de dólares para a construção de duas represas hidroelétricas na província de Santa Cruz no sul da Argentina e investirá 2,1 bilhões de dólares no transporte ferroviário argentino, diz a AFP. 

Durante um encontro com o presidente Xi Jinping, Kirchner afirmou que o acordo na área de energia prevê também a transferência de tecnologia chinesa, e significa "um caminho para o aprofundamento da relação estratégica". Ela destacou que a Argentina busca a diversificação energética e esses acordos com a China aproximam o país desse objetivo. 

De acordo com o líder chinês, "ambos os lados estão comprometidos a fortalecer a cooperação em diversos campos, especialmente no desenvolvimento de infraestrutura básica e em um comércio bilateral estável”.

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A visita chinesa da presidente da Argentina acontece durante a investigação da morte do promotor federal Alberto Nisman, que tinha acusado Cristina Kirchner, o ministro das Relações Exteriores argentino, Héctor Timerman, e vários outros altos cargos do poder da Argentina, de encobrimento de pessoas acusadas do atentado, em 1994, contra a Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA).

Nisman foi encontrado morto na madrugada da segunda-feira, 18 de janeiro, no banheiro do seu apartamento em Buenos Aires, com um tiro na cabeça e uma pistola Bersa do calibre 22. A versão principal é suicídio, mas há evidências que apontam para assassínio.

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