Rio Grande do Sul: nível do rio Guaíba volta a subir e deve ultrapassar 5 metros após chuvas

As fortes chuvas que voltaram a atingir o Rio Grande do Sul neste fim de semana fizeram o volume do rio Guaíba voltar a subir em Porto Alegre. A expectativa é que o nível de água volte a superar cinco metros neste domingo (12).

Dados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apontam que o nível do rio Guaíba pode chegar a 5,5 metros, um novo recorde histórico. Conforme a Defesa Civil do estado, os volumes de chuva nas últimas 24 horas superou 120 milímetros em meio ao mês de maio mais chuvoso dos últimos 60 anos. Só na capital gaúcha, mais de 13 mil pessoas estão desabrigadas. Mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas em todo o estado.

Também há expectativa de elevação no nível da Lagoa dos Patos, que já registra a maior enchente da história em Rio Grande e Pelotas.

Dados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apontam que o nível do rio Guaíba pode chegar a 5,5 metros, um novo recorde histórico.

Mortos pela chuva chegam a 143

As chuvas já provocaram 143 mortes no Rio Grande do Sul e outras 125 pessoas ficaram desaparecidas no estado. O número de pessoas que precisaram deixar suas casas passou de 441 mil para mais de 618 mil. Quase 77 mil moradores do estado foram resgatados pelas equipes de emergência.

Durante a semana, a previsão do tempo é de uma massa de ar polar que deve afastar as nuvens de chuva do estado, o que também vai levar à diminuição das temperaturas. A expectativa é que na segunda-feira (13) os termômetros fiquem entre 15°C e 19°C e na quarta (15) pode chegar aos 8°C.

Na próxima semana está previsto que o anúncio de medidas voltadas especificamente ao estado e aos municípios gaúchos, como a questão da dívida pública com a União, que está na casa dos R$ 100 bilhões.

O Executivo federal já anunciou o envio de R$ 50 bilhões ao Rio Grande do Sul. A medida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "garante crédito subsidiado e aportes do governo federal para apoio às vítimas das enchentes e reconstrução do estado", pontuou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

Nesta primeira fase, o governo vai priorizar o socorro a famílias, empresas e produtores rurais, além da estruturação emergencial de obras prioritárias. Cerca de 20 mil integrantes das Forças Armadas atuam no estado.

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