Chile terá ensino superior parcialmente gratuito

© AFP 2023 / MIGUEL ROJOA presidente do Chile, Michelle Bachelet, durante a cúpula do Mercosul
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, durante a cúpula do Mercosul - Sputnik Brasil
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Nem todas as universidades chilenas concordaram com a "lei rápida" que fomenta a educação gratuita. O prazo para as universidades nacionais informem a sua decisão expira no domingo (27).

A decisão deve ser comunicada ao Ministério da Educação.

Na véspera do Natal, várias universidades do Chile convocaram reuniões para ponderar sobre a lei da educação aprovada pelo Congresso no dia 23.

Várias universidades mostraram reticência em aderir à iniciativa, entre elas a Universidade Mayor, que, segundo o jornal La Tercera, foi o primeiro estabelecimento de educação privado a desistir. A razão alegada pelos diretores é o financiamento. Sendo uma entidade privada, teria, para conformar-se com a lei, cadastrar-se como uma organização não comercial, pelo qual risca de não receber verbas do Estado.

Contudo, tanto esta universidade, como várias outras reconhecem o benefício que a gratuidade da educação traz à sociedade.

Já a Universidade Autônoma afirmou que irá aderir ao ensino superior gratuito, mesmo que isso signifique a perda de 5 bilhões de dólares.

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A lei faz parte da ampla reforma do setor iniciada no início do nao em curso pelo governo da presidente Michelle Bachelet. Foi em 14 de janeiro que o Senado aprovou, depois de seis meses de exames, um projeto de lei cuja finalidade era pôr fim ao sistema eleitoral que data ainda da época do ditador Augusto Pinochet.

O objetivo imediato da lei aprovada antes do Natal é beneficiar cerca de 178.000 estudantes universitários menos favorecidos. O governo insiste que trata-se de um primeiro passo e que o objetivo final é abranger todos os estudantes do ensino superior. A nova lei é chamada de "lei curta" por não fazê-lo ainda.

Portanto, bolsas especiais são previstas para os alunos que não possam aceder à gratuidade.

O Chile tem sido por vários anos palco de protestos de estudantes, que reclamaram mais verbas para a educação. Houve até repercussão em manifestações de estudantes e docentes no Brasil em 2011.

Vários observadores não descartam novos protestos exigindo a gratuidade total da educação.

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