Corrida contra crise: África pode viver catástrofe se coronavírus avançar no continente

© AP Photo / Themba HadebeJovem usa máscara protetora em meio à propagação do novo coronavírus, em Joanesburgo, África do Sul, 27 de março de 2020
Jovem usa máscara protetora em meio à propagação do novo coronavírus, em Joanesburgo, África do Sul, 27 de março de 2020 - Sputnik Brasil
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A disseminação do novo coronavírus na África e a ausência de contramedidas urgentes podem provocar uma crise econômica e política na região, afirmou Crystal Wells, porta-voz da delegação regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na terça-feira.
"Estamos trabalhando contra o relógio, tentando impedir a propagação da COVID-19 na África [...] Se não forem tomadas medidas urgentes para detê-la, as consequências para as pessoas e os sistemas de saúde serão catastróficas, a pandemia pode causar choques na economia, na política e no campo da segurança", disse ela à Sputnik.

Wells observou que o CICV precisa de ajuda da comunidade internacional.

"Precisamos de ajuda para equipar trabalhadores e estabelecimentos médicos a fim de isolar e oferecer tratamento aos doentes [...] Da mesma forma, precisamos que a população seja informada sobre as formas de propagação do vírus", afirmou.

A representante da Cruz Vermelha informou que o novo coronavírus alterou a operação dos sistemas de saúde nos países mais avançados do mundo.

© AP Photo / Denis FarrellFuncionárias atendem pacientes na entrada de hospital em Joanesburgo, África do Sul, em 11 de março de 2020
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Funcionárias atendem pacientes na entrada de hospital em Joanesburgo, África do Sul, em 11 de março de 2020
"Em muitas regiões da África em que trabalhamos, faltam até itens básicos de saúde e, é claro, não há possibilidades de terapia intensiva", acrescentou a porta-voz.

Segundo os dados mais recentes da União Africana, o número de pessoas infectadas pelo coronavírus no continente excedeu 10 mil, das quais 487 pessoas morreram. Foram detectados casos de infecção em 52 países africanos, no total de 54, e o número de recuperados atingiu 913.

Desde 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve a COVID-19, detectada pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan no final de 2019, como uma pandemia.

Em todo o mundo, mais de 1,4 milhão de casos de infecção pelo novo patógeno foram detectados até o momento, incluindo mais de 81 mil mortes e mais de 298 mil pacientes recuperados.

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