Anexação unilateral na Cisjordânia colocará em risco apoio dos EUA a Israel, diz diplomata americano

© AP Photo / J. Scott ApplewhiteFamília que vive em Israel e nos EUA expressam seu apoio a ambos os países, na frente da Casa Branca, em Washington, nos EUA (foto de arquivo)
Família que vive em Israel e nos EUA expressam seu apoio a ambos os países, na frente da Casa Branca, em Washington, nos EUA (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Embaixador dos EUA em Israel alertou que Washington não irá apoiar anexação unilateral prematura de regiões da Cisjordânia. Anteriormente, Netanyahu havia declarado que Israel já estaria definindo o mapa das anexações.

Neste domingo (9), o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, declarou que anexações unilaterais por parte de Tel-Aviv podem colocar o apoio dos EUA em risco.

"A 'visão para a paz' do presidente Trump é resultado de mais de três anos de coordenação estreita entre o presidente, o primeiro-ministro Netanyahu e altos representantes de suas respectivas equipes", escreveu Friedman na sua conta no Twitter.

"Israel deve finalizar o processo de mapeamento no comitê conjunto israelo-americano. Qualquer ação unilateral tomada antes da finalização do processo pelo comitê coloca em risco o plano e o reconhecimento norte-americano", declarou Friedman.

De acordo com o diplomata, a comissão não deve finalizar o processo antes das eleições de 2 de março, reportou a Reuters.

© REUTERS / Amir CohenEmbaixador dos EUA em Israel, David Friedman, durante conversa com jornalistas, em 9 de fevereiro de 2020
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Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, durante conversa com jornalistas, em 9 de fevereiro de 2020

Anteriormente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que o governo estaria elaborando os mapas de anexação de assentamentos israelenses na Cisjordânia. Os assentamentos se encontram em terras que deveriam pertencer ao Estado da Palestina, de acordo com Resolução 181 da ONU, aprovada em 1947.

O plano apresentado pela Casa Branca prevê a formação de um Estado Palestino, ainda que com soberania limitada, desmilitarizado, sem território contíguo ou acesso à água doce.

O documento atende a demandas históricas dos israelenses, como o reconhecimento da soberania israelense sobre o Vale do Rio Jordão.

© REUTERS / Hassan AmmarManifestante cobre o rosto durante protestos contra o plano apresentado pela Casa Branca para a questão israelo-palestina, próximo da representação dos EUA em Beirute, no Líbano, em 2 de fevereiro de 2020
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Manifestante cobre o rosto durante protestos contra o plano apresentado pela Casa Branca para a questão israelo-palestina, próximo da representação dos EUA em Beirute, no Líbano, em 2 de fevereiro de 2020

Com a aproximação das eleições gerais em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se encontra sob crescente pressão das alas de extrema-direita israelense, que pressionam por uma rápida anexação do Vale do Rio Jordão.

"Estamos esperando desde 1967, e algumas pessoas estão criando problemas por causa de algumas semanas", disse Netanyahu em discurso de campanha.

A maioria dos países do mundo considera ilegal a construção de assentamentos nos territórios ocupados depois da Guerra dos Seis Dias, travada em 1967.

Líderes palestinos acreditam que a anexação dos assentamentos irá inviabilizar o futuro Estado Palestino.

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