Turquia e EUA anunciam cessar-fogo e ataques contra curdos sírios são suspensos

© REUTERS / Huseyin AldemirVice-presidente dos EUA, Mike Pence, ao lado do secretário de Estado Mike Pompeo em Ancara, na Turquia
Vice-presidente dos EUA, Mike Pence, ao lado do secretário de Estado Mike Pompeo em Ancara, na Turquia - Sputnik Brasil
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Os governos da Turquia e dos Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira um cessar-fogo e a suspensão dos ataques no nordeste da Síria, foco de uma operação turca contra curdos sírios.

O anúncio aconteceu após uma reunião de mais de quatro horas entre o vice-presidente estadunidense Mike Pence, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Robert O'Brien, e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan em Ancara.

Segundo Pence, "haverá uma pausa nas operações militares por 120 horas" para permitir a retirada dos curdos sírios aliados dos EUA do nordeste da Síria, na fronteira com a Turquia.

Ainda de acordo com ele, os EUA e a Turquia "se comprometeram mutuamente com a resolução pacífica e o futuro da zona segura".

Em suas redes sociais, o presidente dos EUA, Donald Trump, saudou as "boas notícias", o que, para ele, irão salvar "milhões de vidas".

Pence explicou também, em entrevista coletiva, que não terá os seus militares envolvidos na retirada das forças curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG) da zona de segurança na fronteira-sírio-turca.

O vice-presidente dos EUA destacou ainda que recebeu garantias dos curdos de que eles se retirarão de maneira ordenada da região fronteiriça, atendendo aos interesses da Turquia.

Anteriormente, o chefe de gabinete de Trump havia dito que o presidente poderia revogar um convite da Casa Branca estendido a Erdogan, dependendo do resultado das negociações em Ancara.

"Ainda está dentro do cronograma", disse Mike Mulvaney aos repórteres, "mas acho que é um daqueles que espera e vê as coisas". "O presidente tem sido muito claro sobre o que ele quer ver do presidente Erdogan", acrescentou.

Durante o encontro, os EUA alertaram para o tamanho das sanções econômicas que a Turquia enfrentaria, caso não interrompesse os seus ataques contra os curdos, estes aliados de Washington na luta contra os terroristas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia) na região.

Da sua parte, uma autoridade turca disse à Agência Reuters que a Turquia "conseguiu exatamente o que queríamos fora da reunião", sem dar mais detalhes.

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