S-400 ou Patriot? Analista diz qual sistema seria melhor para Arábia Saudita após ataques de drones

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O presidente da Rússia propôs à Arábia Saudita comprar sistemas da defesa antiaérea S-300 ou S-400 após o ataque de drones às instalações petrolíferas do reino. O especialista Gevorg Mirzayan explicou na Rádio Sputnik o que tal acordo significaria.

O presidente russo Vladimir Putin propôs à Arábia Saudita comprar sistemas S-400 ou S-300 russos depois que drones atacaram instalações de petróleo do reino.

Isso foi afirmado pelo líder russo durante a cúpula trilateral da Rússia, Turquia e Irã sobre a Síria, que foi realizada em Ancara na segunda-feira (16).

Segundo Putin, a liderança da Arábia Saudita "só precisa tomar uma sábia decisão governamental" e comprar S-300, tal como fez o Irã, ou S-400, como fizeram as autoridades turcas.

"Eles vão proteger de forma confiável quaisquer instalações da infraestrutura da Arábia Saudita", disse o presidente, cujas palavras são citadas pela Sputnik.

Golpe contra prestígio dos produtores americanos

Gevorg Mirzayan, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de Finanças do Governo da Rússia, comentou para o serviço russo da Rádio Sputnik a situação criada após o ataque com drones a instalações petrolíferas na Arábia Saudita.

"Agora as instalações sauditas estão protegidas por sistemas da defesa antiaérea americanos, mas eles estão desatualizados. E Moscou oferece sua assistência à Arábia Saudita porque a Rússia tem, em particular, experiência bem-sucedida de proteção contra drones da nossa base em Hmeymim, na Síria", disse ele.

Segundo o especialista, se a Arábia Saudita escolher os sistemas russos S-300 ou S-400, "será um golpe ainda maior no prestígio dos fabricantes de armas americanos que a compra de sistemas semelhantes pela Turquia.

"No entanto, o que aconteceu foi um '11 de setembro' no mundo do petróleo. Isso mostrou que todas as instalações petrolíferas são vulneráveis a ataques com armamento barato.

Não só na Arábia Saudita, há muitos outros países que precisam de proteger suas instalações. Nesse sentido, a Rússia lembra que tem uma experiência de sucesso na proteção de suas instalações", disse Gevorg Mirzayan.

'11 de setembro' para o mundo do petróleo

Na madrugada de sábado (14), duas instalações petrolíferas da Saudi Aramco sofreram um incêndio após um ataque com drones. A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada pelos rebeldes houthis iemenitas.

No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou o Irã do incidente. Segundo ele, não há "provas" de que o ataque tenha vindo do Iêmen. Teerã, por sua vez, rejeitou as acusações. O Ministério das Relações Exteriores do Irã enfatizou que as palavras de Pompeu são semelhantes a uma "preparação do terreno" para ulteriores ações dos EUA na região.

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