Impacto da COVID-19: '1º semestre está totalmente perdido', diz economista

© AP Photo / Elizabeth Dalziel, FileContainer em porto da China (foto de arquivo)
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A pandemia de coronavírus terá um efeito de grandes proporções na economia global e brasileira, segundo documento publicado pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em 2020, a economia brasileira poderá encolher 11,6%, na previsão mais pessimista, ou 4,5%, na previsão mais otimista da OMC. O estudo do organismo internacional aponta que a pandemia é um evento "sem precedentes" e que a crise deverá ser pior do que a de 2008. 

Ainda de acordo com a OMC, o comércio global pode cair entre 13% e 32% em 2020. 

"É tudo muito incerto ainda. Mas que todas as economias vão ser afetadas, sem dúvida", diz a economista e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Maria Beatriz de Albuquerque David.

Os setores de petróleo (que teve sua cotação derrubada pela retração na demanda global), mineração e gás deverão ser os mais afetados da economia brasileira, avalia David. O agronegócio, por sua vez, deverá sofrer um impacto menor. 

A professora da UERJ ressalta que o cenário é de profunda incerteza e que, apesar disso, cada nova previsão costuma ser pior que a anterior. Para ela, o primeiro semestre está "totalmente perdido" e ainda não se sabe como será a retomada econômica em 2021.

"Todos os países estão em quarentena e uma grande parte tem fábricas totalmente fechadas. Sem dúvida, como a gente já tinha uma recessão interna, por menor que seja nosso setor externo, isso vai afetar muito a economia brasileira", avalia David à Sputnik Brasil.

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