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Bom ou ruim? Registro de armas de uso pessoal 'explode' no governo Bolsonaro

© Sputnik / Thiago de AraújoFlexibilização do acesso às armas no Brasil anima empresas estrangeiras que expõem na LAAD 2019
Flexibilização do acesso às armas no Brasil anima empresas estrangeiras que expõem na LAAD 2019 - Sputnik Brasil
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Especialistas divergem na avaliação dos efeitos do aumento de número de armas no Brasil.

Justificativa da pauta: Uma das grandes polêmicas do governo Bolsonaro, que gerou fortes reações na sociedade civil e também no Congresso Nacional, a questão da posse e do porte de armas já completa um ano.

Há um ano o presidente assinou decreto que facilita a posse de armas, e neste primeiro ano de governo Bolsonaro o país registrou novas 5 armas por hora. O que significou esse aumento de armas no país? A legislação e o controle de armas chegaram ao seu modelo ideal?

Segundo José Ricardo Rocha Bandeira, comentarista de Segurança Pública e de Criminologia, presidente do Conselho Nacional de Peritos Judiciais, Jair Bolsonaro cumpriu sua meta de campanha, sendo inclusive essa uma das primeiras medidas aprovadas por ele ao assumir a presidência.

"Não temos ainda dados estatísticos para ver se aumentou ou não a criminalidade no país", afirmou o especialista para Sputnik Brasil. No entanto, para ele, recorrendo a experiência de outros países "mais armas nas mãos de cidadãos de bem não gera aumento da criminalidade".

O entrevistado acredita que "a população brasileira não está preparada para ter mais armas", mas defendeu o direito de "cidadãos de bem possuírem armas em suas residências".

"Sou contrário ao porte de arma, acho que o cidadão de bem não deve andar ostensivamente armado pela rua, mas ele tem todo o direito de ter uma arma em sua residência para defender sua família".

Dessa forma, o modelo atual "ainda não é o ideal".

Já para Natália Pollachi, coordenadora de projetos do Instituto Sou da Paz, em São Paulo, o debate sobre o tema nem sempre é feito de forma responsável. Para ela, existe uma grande "insegurança jurídica sobre o tema", tanto entre as pessoas comuns, como nos próprios órgãos de segurança.

Por outro lado, a especialista está preocupada com o significativo aumento de armas.

"Isso pode trazer um impacto negativo para a segurança pública, por uma série de motivos. A gente está aumentando não só a quantidade de armas em circulação [...], mas também a quantidade de munição", destacou Pollachi.

Ela também reclamou da facilitação para uma pessoa comum ter acesso ao armamento.

"Isso impacta a todos nós, porque a gente pode se ver no meio de um tiroteio", alertou a coordenadora do Instituto. "Não há base científica, nem estatística, que comprove" que o aumento de armas na população diminua a criminalidade. Na verdade a tendência é contrária.

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