Numerosas bases militares no exterior não são opção para Rússia

© Sputnik / Dmitry Vinogradov / Acessar o banco de imagensBombardeiros Su-24 na base aérea russa Hmeymim na Síria
Bombardeiros Su-24 na base aérea russa Hmeymim na Síria - Sputnik Brasil
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A doutrina militar russa não prevê a necessidade de ter numerosas bases militares no estrangeiro, disse a RIA Novosti o diretor geral do Centro de avaliações e prognósticos estratégicos, Sergei Grinyaev, comentando as palavras do Presidente Putin sobre a base militar na Síria.

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Na opinião de Grinyaev, a coisa mais importante para as Forças Armadas russas é instalar de forma rápida as forças quando for necessário.

Durante a entrevista coletiva da quinta-feira (17) o presidente russo, Vladimir Putin, disse: “Para que precisamos da base [permanente na Síria – red.]. Se precisarmos alvejar alguém faremos isso [sem bases]”.

Grinyaev sublinhou que a Rússia necessita ter a possibilidade de deslocar forças de forma rápida, resolver a missão e sair do país estrangeiro dando-o uma oportunidade de resolver a os seus próprios assuntos políticos. O especialista sublinhou que a Rússia não tem de “se prender a um local”.

“Agora uma situação determinada está se desenvolvendo na Síria, amanha pode se alterar a situação no Iraque e ali precisarão da participação russa na luta contra o terrorismo mas isso não significa que não precisaremos instalar uma base ali”, destacou Grinyaev.

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Disse também que é necessário tomar em consideração o caráter defensivo da doutrina militar russa, que não prevê implementação de vanguarda das Forças Armadas em territórios estrangeiros.  A Rússia sempre aspira a usar a infraestrutura técnica, mas uma base militar é algo diferente. É uma estrutura de instalação permanente do contingente estrangeiro e é um elemento de uma doutrina militar que não é caraterística da Rússia.

Mais cedo, as autoridades russas descartaram a abertura de bases aéreas na América Latina.

Desde 30 de setembro, satisfazendo o pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Força Aeroespacial da Rússia começou a realizar ataques aéreos localizados contra as instalações do Daesh e Frente al-Nusra (ambos os grupos terroristas são proibidos na Rússia). Durante o tempo percorrido a Força Aeroespacial russa com a participação dos navios da Frota do mar Cáspio e um submarino da Frota do mar Negro Rostov-na-Donu eliminaram algumas centenas de militantes e milhares de instalações dos terroristas.

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Ao mesmo tempo a coalizão realiza ataques contra o Daesh na Síria, sob a liderança dos EUA, que não têm autorização do governo sírio. A Rússia troca informações sobre missões com a coalizão mas a cooperação mais estreita ainda está em desenvolvimento. O Ocidente acusa a Rússia de bombardear não somente instalações dos terroristas mas também posições da chamada oposição moderada. O Ministério da Defesa russo chama estas declarações infundadas.

Após o incidente do bombardeiro russo Su-24 que foi abatido pelo caça turco F-16 na fronteira entre a Síria e a Turquia (Moscou afirma que o incidente teve lugar em território sírio e Ancara diz o contrário), a Rússia deslocou para a Síria sistemas mais novos S-400 e o cruzador Moskvá e o submarino Rostov-na-Donu atingiram o litoral da República Árabe da Síria.

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