Especialista: Netanyahu esqueceu a quem pertencem as colinas de Golã

© AFP 2023 / MENAHEM KAHANASoldados israelenses perto da fronteira com a Síria no terrítorio de colinas de Golã ocupado por Israel, 22 de junho de 2015
Soldados israelenses perto da fronteira com a Síria no terrítorio de colinas de Golã ocupado por Israel, 22 de junho de 2015 - Sputnik Brasil
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Israel receia que a Síria abra uma segunda frente contra o país. Este foi um dos temas do encontro entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente russo Vladimir Putin. Ontem (21) Netanyahu realizou uma visita à Rússia para obter apoio russo na resolução da crise síria.

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Tel Aviv considera que a situação está se agravando e, para restaurar a ordem, o envolvimento da Rússia é necessário. Netanyahu chegou a Moscou sabendo que as forças terroristas crescem sem parar no Oriente Médio. O Estado Islâmico se torna uma ameaça cada vez mais evidente e grave. 

“O Irã e a Síria fornecem ao grupo islamita radical Hezbollah as armas mais modernas, que são dirigidas contra o nosso país. Nos últimos anos, milhares de foguetes já foram usados contra a população israelense. Ao mesmo tempo, o Irã, com o apoio do exército sírio, tenta abrir uma segunda frente terrorista contra nós nas colinas de Golã”, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

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Segundo Emad Abshenass, redator-chefe do jornal Iran Press, as declarações do premiê israelense são infundadas. Na sua opinião, Netanyahu esqueceu que as colinas de Golã são território da Síria e que os cidadãos desta região síria têm o direito de decidir o seu destino. Netanyahu prefere que os terroristas permaneçam na Síria, levem a cabo ações devastadoras e que a guerra na Síria continue por muitos anos porque os danos causados pelos bombardeamentos são benéficos para os interesses de Israel. 

“O objetivo da sua visita é tentar desacreditar o exército sírio. Mas Vladimir Putin declarou abertamente que apoia a consolidação do poder centralizado e do exército sírios. Isso é necessário para combater o terrorismo nesta região e evitar que se expanda para outros países”, destacou o especialista. 

Abshenass sublinha que a Rússia afirma que os habitantes das colinas de Golã e do sul do Líbano não são terroristas; os verdadeiros terroristas são os grupos financiados por Israel e outros países que tentam derrotar o governo legítimo sírio. São esses que representam uma ameaça para a comunidade internacional.

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