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Itaipu volta a liderar produção mundial de energia

© Alexandre Marchetti/ Itaipu BinacionalUsina Hidrelétrica de Itaipu
Usina Hidrelétrica de Itaipu - Sputnik Brasil
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Após dois anos à sombra do racionamento, devido ao volume excepcionalmente fraco de chuvas, enfim o Brasil tem uma boa notícia na área de energia. A Usina de Itaipu, no Paraná, voltou a liderar a produção mundial de energia em 2015, superando a Usina de Três Gargantas, na China.

No ano passado, Itaipu produziu 89,2 milhões de megawatts/hora (MW/h), contra 87 milhões da congênere chinesa. Embora com uma capacidade instalada menor, de 14 mil MW/h, contra 22,4 mil MW/h de Três Gargantas, a usina brasileira voltou a ocupar a posição de maior produtora mundial de energia, posto que só perdeu em 2014, também devido ao baixo nível de chuvas. O volume gerado, porém, ainda está abaixo do recorde alcançado em 2012, quando foram produzidos 98,6 milhões de MW/h.

Usina binacional de Itaipu. - Sputnik Brasil
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Nem tudo, porém, é motivo de comemoração. Apesar de a usina já ter produzido 17% a mais de energia nos primeiros dias de janeiro deste ano em comparação com igual período de 2015, Mateus Tolentino, engenheiro e sócio da Prime Energy, empresa especializada em consultoria no mercado livre de energia no país, observa que, embora os níveis dos reservatórios venham se recuperando desde o fim do ano passado, essa retomada ainda é muito desigual no país.

“Em consequência de um ano em que o fenômeno El Niño está particularmente forte, os maiores reservatórios do Sul e do Sudeste estão recebendo um volume maior de chuvas que os do Norte e Nordeste. Por ora, o cenário é positivo, caso o nível de precipitações se mantenha até o chamado período seco – de menos chuvas – no início do inverno, em junho, o que afasta o risco de racionamento”, diz Tolentino.

Segundo o consultor, o quadro de 2014 só não foi pior em termos de abastecimento de energia porque a economia entrou em um período de desaceleração, com menor consumo das famílias, motivado também pelos fortes reajustes nas tarifas das concessionárias, e redução na produção das indústrias. “Com a desaceleração econômica, o freio na demanda evitou a adoção do racionamento”, diz Tolentino.

Para este ano, a previsão é que as 20 turbinas de Itaipu – “a pedra onde a água faz barulho, segundo o nome em tupi-guarani” – gerem pouco mais de 90 milhões de MW/h. Por enquanto, o nível de chuvas tem permitido à usina manter o reservatório cheio e o vertedouro aberto, liberando assim o excesso de água que não vai para a produção.

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