Dois anos do Acordo de Paris: Macron busca protagonismo ambiental e Trump fica isolado

© AP Photo / Carolyn KasterUS Präsident Donald Trump und sein Kollege aus Frankreich Emmanuel Macron bei der Konferenz in Paris
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No aniversário de dois anos do Acordo de Paris, o presidente francês Emmanuel Macron quer assumir o protagonismo. A França sedia o encontro "Um Planeta" nesta quarta-feira (12) e Macron quer cobrar comprometimento de países e empresas com as metas do acordo ambiental.

A cúpula conta com a presença de 50 líderes internacionais e figuras como o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e o presidente do México, Enrique Peña Nieto.

Nesta semana, Macron também lançou um projeto de financiamento de pesquisas sobre o aquecimento global. O nome da iniciativa é uma paródia com o slogan da campanha presidencial de Donald Trump.

Um dos pontos que será discutido em Paris é o Fundo Verde do Clima — uma carteira internacional com fundos públicos e privados que financia projetos de combate às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.

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Ao todo, o objetivo é mobilizar US$ 100 bilhões por ano para mitigar os efeitos do aquecimento global. Mas por enquanto estamos longe de atingir este patamar financeiro. Em 2017, o Fundo Verde do Clima aprovou 18 projetos e uma destinação de US$ 1,14 bilhão. Nenhum dos projetos será realizado no Brasil.

O especialista em mudanças climáticas do WWF-Brasil Mark Lutes acredita que o Fundo Verde do Clima ainda não fez os investimentos que eram esperados dele.

"É possível chegar até US$ 100 bilhões, mas os países desenvolvidos precisam aumentar a quantidade de dinheiro mobilizado", afirmou Lutes em entrevista à Sputnik Brasil.

Até o momento, a iniciativa conta com a promessa de transferência de US$ 10,3 bilhões por 43 países diferentes. O Fundo Verde do Clima, entretanto, precisará superar a desistência de um grande contribuidor: os Estados Unidos. O então presidente Barack Obama prometeu US$ 3 bilhões, mas entregou apenas US$ 1 bilhão e o novo mandatário, Donald Trump, já anunciou que não irá fazer mais contribuições e que irá retirar os Estados Unidos do Acordo Paris.

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