EUA aumentam pressão sobre China na Organização Mundial do Comércio

© Sputnik / Ruben SprichEmblema da Organização Mundial de Comércio (OMC) que fica perto da entrada na sede da organização em Genebra
Emblema da Organização Mundial de Comércio (OMC) que fica perto da entrada na sede da organização em Genebra - Sputnik Brasil
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O conflito entre a China e os Estados Unidos sobre o reconhecimento do estatuto de economia de mercado na China se mudou para a OMC.

Em uma reunião em 14 de julho em Genebra na sede da OMC, o representante comercial norte-americano Chris Wilson alertou a China que seus passos eram insuficientes para reconhecer sua economia como sendo de mercado, relata a Reuters.

Segundo ele, as reformas de mercado na China não corresponderam às espectataivas de 15 anos, desde que a China aderiu à OMC. "Esta ameaça a viabilidade das empresas <…> em todo o mundo”, salientou Wilson.

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Os EUA e o Ocidente em geral tentam usar essa questão para enfraquecer a influência econômica da China, diz o especialista do Instituto das Relações Internacionais e Economia Internacional Aleksandr Salitsky.

No mundo de hoje, o comércio global deixa de ser um motor do desenvolvimento e os países estão procurando outras fontes de crescimento. Uma é o crescimento do consumo interno. O Ocidente praticamente esgotou este recurso e a China só está começando a se aproveitar dele.

A Ásia supera o Ocidente em competição honesta, nota o especialista: “Enfrentamos os velhos e bafientos preconceitos do Ocidente. Eu não penso que seja um bom ambiente para o desenvolvimento da cooperação económica”.

Aleksandr Salitsky crê que a discussão sobre o estado da economia de mercado chinesa na OMC mostra que os EUA precisam exercer mais pressão sobre a China. O especialista acredita que esta questão está relacionada com a campanha eleitoral nos EUA, onde republicanos e democratas compartilham das ideias protecionistas.

O gigante chinês de telecomunicações ZTE pode se tornar uma vítima da luta pelo cargo de Presidente dos Estados Unidos. Na Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano 14 republicanos instaram o governo a impor sanções contra a ZTE pela cooperação com o Irã em 2012, quando este estava sob sanções comerciais dos EUA. Na opinião dos membros do Congresso, os produtos da ZTE poderiam ser usados por Teerã para suprimir dissidentes.

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Em resultado das sanções, a ZTE perdeu a oportunidade de comprar processadores americanos, equipamento de fabricação e software, incluindo o sistema operacional Windows para seus produtos. As sanções também afetaram seus fornecedores norte-americanos. Isto poderia ser uma das razões para a decisão do governo norte-americano em adiar a introdução de sanções até 30 de junho de 2016. Anteriormente, vários analistas tinham apontado que era muito improvável que fossem impostas sanções à ZTE.

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