Ataque terrorista em Nice: 84 pessoas mortas, França está de luto

© REUTERS / Eric Gaillard Atentado em Nice
Atentado em Nice - Sputnik Brasil
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Em Nice, um caminhão atropelou uma multidão de pessoas que olhava nos fogos de artifício em homenagem ao feriado nacional da França – o Dia da Tomada de Bastilha.

De acordo com relatórios recentes, 84 pessoas morreram, incluindo crianças. Entre os mortos e feridos há muitos estrangeiros, incluindo russos.

O que aconteceu?

Conforme o relato de uma testemunha, o motorista conduziu o veículo de modo a atropelar o máximo de pessoas. Segundo as testemunhas, o caminhão, sem acionar os freios, e realizando ziguezagues, atropelou pessoas por, aproximadamente, dois quilômetros. O motorista também teria aberto fogo contra a multidão.

"O caminhão atropelavas as pessoas, fazia ziguezagues, tudo para atropelar cada vez mais", disse uma testemunha.  

​ "No início, pensamos que algo se passava com o motorista, mas rapidamente se tornou claro que ele queria matar a máximo de pessoas possível", afirmou um dos sobreviventes.

Mais tarde, o líder francês, François Hollande declarou o prolongamento de estado de emergência no país.

​"Eu tomei uma decisão. O estado de emergência, cujo prazo deveria terminar no dia 26 de julho, será prorrogado por três meses. Um projeto de lei a este respeito será apresentado ao parlamento até o fim da semana que vem", disse o presidente francês.

​O terrorista foi morto depois da troca de tiros com a polícia. 

O hotel Negresco, o lugar mais próximo do atentado, imediatamente se transformou em um hospital de campo.

Quem era o terrorista?

O ataque ocorreu quando uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha estava no cais da cidade a assistir os fogos de artifício. - Sputnik Brasil
Terrorista em Nice era morador da cidade de origem tunisina
O motorista do caminhão era Mohamed Lahouaiej Bouhlel, um francês da origem tunisiana de 31 anos, relata a agência Reuters, citando uma fonte próxima à investigação.

O canal iTele, por sua vez, informou que o terrorista tinha repetidamente chamado a atenção da polícia francesa por delitos menores, mas polícia não conseguiu confirmar sua ligação com os terroristas.

Vítimas

Segundo o Globo, pelo menos cinco brasileiros testemunharam a noite de terror, um deles está entre os feridos. 

Um deles, Anderson Happel, que mora na cidade francesa, foi um dos feridos pelo caminhão e disse ter tomado quatro calmantes e diversos analgésicos para aguentar a dor.

"Empurrei a minha irmã e, quando fui tentar correr, o para-choque bateu na minha perna esquerda e caí do outro lado. Todo mundo corria em pânico, chorando. Tinha muita criança morta e as mães pedindo a Deus para elas voltarem a viver. Vi muita gente morta, isso me deixou em estado de choque", relatou ao G1.

Não tem registo de portugueses no atentado.

A polícia francesa ainda não confirmou esses dados.

Quem foi culpado?

A responsabilidade pelo ataque ainda não foi assumida por nenhuma organização terrorista. No entanto, de acordo com especialistas, a tragédia pode ter sido organizada pelo grupo Daesh (conhecido também como Estado Islâmico, proibido na Rússia).

A reação no mundo

O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev expressou suas condolências aos familiares das vítimas e observou que "os terroristas só entendem a força, e ela deve ser usada (contra eles)".

O presidente dos EUA Barack Obama foi o primeiro a chamar o ataque em Nice de ato terrorista, mesmo antes de Hollande ter feito a sua declaração. O líder americano ofereceu a Paris qualquer assistência que possa ser necessária para investigar os ataques e levar os responsáveis à justiça.

Presidente russo Vladimir Putin durante um encontro no Kremlin, Moscou, Rússia, 15 de julho de 2016 - Sputnik Brasil
Putin: humanidade deve unir-se para derrotar o terrorismo
O presidenciável estadunidense Donald Trump disse que o ataque em Nice mostrou que a situação de segurança está piorando. 

O presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker afirmou que a UE vai lutar contra o terrorismo "dentro e fora" da união.

O líder francês, François Hollande, afirmou mais tarde que o país fortalecerá a sua presença na Síria e no Iraque e continuará "lutando contra aqueles que nos atacam em nossa terra".

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