EUA querem ajudar Curdistão iraquiano a se separar?

© AFP 2023 / SAFIN HAMEDMoças curdas seguram a bandeira da Curdistão iraquiano na cidade de Arbil
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Os EUA podem enviar mais 560 militares para o Iraque, segundo uma declaração do ministro da Defesa americano Ashton Carter.

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EUA enviarão mais 560 militares ao Iraque
O número dos militares norte-americanos no Iraque aumentou agora para 4650 efetivos, segundo dados da agência Reuters. Durante muito tempo, as autoridades dos EUA têm mostrado um interesse autêntico pelo Iraque, enviando cada vez mais militares e declarando como objetivo o combate a organizações terroristas. A agência Sputnik tenta esclarecer os planos dos militares americanos na região:

Segundo o analista militar e ex-funcionário do Parlamento iraquiano Ahmad Akm-Sharifi, a ajuda militar dos EUA ao exército iraquiano será apenas no âmbito de apoio aéreo. O especialista assinala que isso foi confirmado. Não será realizada nenhuma operação terrestre em Mossul (uma parte dos militares americanos se destina à base aérea perto da cidade):

"No que se diz respeito a uma operação terrestre, eu penso que bastam os esforços do exército do Iraque para combater o Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia]. O governo do país e o exército já ajustaram o plano de combate contra o grupo terrorista contando som seus próprios meios. Os Estados Unidos sabem disso. Mas nós precisamos de apoio aéreo e de suas capacidades que o nosso exército não tem", comenta o especialista.

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Ontem, dia 12 de junho, o Curdistão iraquiano, à revelia do governo iraquiano, assinou um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos. O acordo prevê fornecimento de ajuda aos combatentes Peshmerga na guerra contra o Daesh no montante de 450 milhões de dólares (R$1482 milhões).

"Eu não acredito que este acordo vá dar luz verde para a independência do Curdistão relativamente ao Iraque. Os EUA apoiam a luta das forças curdas contra o Daesh, mas quando há algum desacordo entre os EUA e o Curdistão, Washington usa de pressão sobre o Curdistão. No entanto, eu não penso que com este acordo os Estados Unidos estejam tentando pressionar o Curdistão, com o fim de resolver quaisquer desacordos, ou dar-lhe a independência do Iraque. Muito provávelmente [usando este acordo] os EUA estão realmente tentando resolver seus problemas militares no Iraque", julga o especialista e professor de ciências políticas Yasin Al-Bakri.

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