Stoltenberg: 'OTAN não procura confrontação' com a Rússia

© REUTERS / Jerzy DudekSecretário Geral da OTAN Jens Stoltenberg, 8 de julho, 2016
Secretário Geral da OTAN Jens Stoltenberg, 8 de julho, 2016 - Sputnik Brasil
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Respondendo à uma pergunta da Sputnik sobre por que é que a OTAN está considerando a Rússia como ameaça pior do que o Daesh, o secretário-geral da OTAN disse que a OTAN não procura a confrontação. No entanto, cada vez mais tropas vão sendo estacionadas perto da Rússia.

Na segunda-feira, Sputnik tweeteou a resposta do secretário-geral da OTAN à questão por que é que a OTAN está interessada em classificar a Rússia como ameaça, em vez de se focar nas questões da segurança da Europa. 

Supreendentemente, Stoltenberg disse que "nos não procuramos a confrontação, mas vamos defender nossos aliados. Trabalhamos para o diálogo com a Rússia". 

© Foto / Screenshot/sputnik twitterJens Stoltenberg's conversation with Sputnik.
Jens Stoltenberg's conversation with Sputnik. - Sputnik Brasil
Jens Stoltenberg's conversation with Sputnik.

Entretanto, por razões diversas, os observadores russos não parecem estar absolutamente convencidos das intenções pacíficas da aliança.

Screenshot do vídeo sobre a história curta das relações da Rússia e OTAN - Sputnik Brasil
Confira uma história curta das relações da Rússia e OTAN
Assim, comentando os resultados da cúpula da OTAN realizada na semana passada, o chefe da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Duma de Estado, Konstantin Kossatchev, comunicou na sua página oficial do Facebook que "é improvável que a decisão da OTAN de destacar 4 batalhões para a Polônia e países do Báltico altere as nossas relações [para melhor]".

O ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev classificou as recentes ações da OTAN como a preparação para uma guerra contra a Rússia. Em declarações ao Rádio Echo Moskvy (Eco de Moscou) ele disse que "a retórica da aliança em Varsóvia soa quase como uma declaração de guerra contra a Rússia. Eles falam sobre a defesa, mas atualmente estão se preparando para uma ofensiva".

​O analista militar Aleksandr Perendziyev refere a dualidade de padrões da OTAN. Por um lado, a aliança classifica a Rússia como uma ameaça direta, tal como o Daesh. Por outro lado, ela não classifica abertamente a Rússia como inimigo. 

"Os atentados em Bruxelas e Paris relevaram a impotência absoluta da OTAN no que toca ao terrorismo", diz o analista. "Eles vão continuar demonstrando fraqueza nesta área no futuro. É mais conveniente para eles falar sobre a aliança se opondo à Rússia", acrescentou ele. 

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OTAN pede 'cooperação' e não 'confronto' com a Rússia no Ártico
Em janeiro de 2015, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, confirmou os planos de criação de postos de comando e de forças de reação rápida em seis países da Europa Oriental (Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Polônia e Bulgária).

Segundo Stoltenberg, o "conceito estratégico" de sua organização não sofreu mudanças em relação à Rússia. Ele ressaltou que a OTAN não busca "um confronto" nem pretende fomentar "uma nova corrida armamentista".

A OTAN tem afirmado várias vezes sobre a intenção de deslocar suas tropas na Europa Oriental. Por sua vez, Moscou expressou o descontentamento com as iniciativas da Aliança destinadas ao aumento da presença militar na fronteira com a Rússia, e afirmou que tais ações são uma ameaça aos seus interesses e segurança nacional.

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