Stalin ou Hitler, Rússia ou Daesh: EUA devem fazer de novo a escolha

© Sputnik / RIA Novosti / Acessar o banco de imagensEncontro de tropas soviéticas com as tropas norte-americanas nas margens do rio Elba, Alemanha, abril de 1945
Encontro de tropas soviéticas com as tropas norte-americanas nas margens do rio Elba, Alemanha, abril de 1945 - Sputnik Brasil
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O presidente da Universidade Americana em Moscou, Edward Lozansky, escreve no seu artigo no The National Interest que Obama deve cooperar com todos os aliados possíveis para derrotar os terroristas.

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Lozansky sublinhou que, nos últimos tempos, o Daesh provou que está longe de estar derrotado, com numerosos atentados no Iraque e em outros países. Todos falam da necessidade de libertar o mundo desta ameaça terrorista mas o problema não é somente a presença de militantes do Daesh na Síria e no Iraque mas a sua perigosa ideologia, compartilhada por outros grupos terroristas como a Al-Qaeda, o Boko Haram e o Talibã.

No entanto, a derrota do Daesh seria uma demonstração de que o mundo não deseja de maneira nenhuma se transformar em um califado global.

Lozansky afirmou que apesar de fato de que especialistas apelam para usar forças terrestres na luta contra os terroristas, tais forças já estão combatendo. São o Exército da Síria e os seus aliados apoiados pela aviação russa, as Unidades curdas de Proteção Popular, o Exército iraquiano e a milícia xiita apoiados pelos EUA.

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Segundo o especialista, todas estas forças, apoiadas pelas aviações mais poderosas no mundo, devem vencer o grupo terrorista conquistando a sua capital, Raqqa. Ao mesmo tempo, na sua opinião, as forças terrestres precisam de ajuda. Agora é tempo para repetir o encontro histórico em Torgau, nas margens do rio Elba, em 25 de abril de 1945, onde as tropas soviéticas e norte-americanas se reuniram, o que contribuiu para a derrota da Alemanha nazista.
© Sputnik / Georgy Khomzor / Acessar o banco de imagensSoldado norte-americano Byron Shiver e o soldado do Exército Vermelho Ivan Numladze durante o encontro de tropas dos aliados nas margens do rio Elba, Alemanha, abril de 1945
Soldado norte-americano Byron Shiver e o soldado do Exército Vermelho Ivan Numladze durante o encontro de tropas dos aliados nas margens do rio Elba, Alemanha, abril de 1945 - Sputnik Brasil
Soldado norte-americano Byron Shiver e o soldado do Exército Vermelho Ivan Numladze durante o encontro de tropas dos aliados nas margens do rio Elba, Alemanha, abril de 1945

Naquela altura a situação era muito parecida a que vemos agora: os EUA tinham de fazer uma escolha e decidiram que o regime soviético e Stalin eram um mal menor em comparação com Hitler e os nazistas.

Agora deviam fazer novamente a escolha a favor de derrotar o Daesh e cooperar diretamente com a Rússia, deixando de lado as suas preocupações sobre Bashar Assad, Hezbollah e Irã.

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O mundo já fala há algum tempo sobre o novo acordo de cooperação na Síria atingido entre a Rússia e os EUA para intensificar os bombardeios contra a Frente al-Nusra. 

Lozansky nota que o acordo não significa mudanças na postura dos EUA, que se recusam a bombardear a chamada oposição moderada. Os grupos que representam o maior perigo são Ahrar al-Sham e Jaish al-Islam, que têm a mesma ideologia que o Daesh, assassinam civis e às vezes cooperam com o Daesh.

Parece que a administração Obama, escreve o analista, ainda está mais preocupada em conter Moscou e Teerã do que em derrotar os terroristas. O autor conclui que Obama não aprendeu esta lição da História.

Felizmente, Churchill e Roosevelt escolheram não adiar a batalha final contra Hitler para conter Stalin, escreve em conclusão.

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