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Oposição brasileira é vaiada em Portugal

© Screenshot: YouTubeManifestantes na entrada da Universidade de Lisboa, em 29 de março
Manifestantes na entrada da Universidade de Lisboa, em 29 de março - Sputnik Brasil
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José Serra foi vaiado ao chegar na Universidade de Lisboa ontem (29).

A conferência "Constituição e Crise — a Constituição no Contexto das Crises Política e Econômica" começou ontem na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL). O evento é internacional e conta com uma grande participação brasileira. O maior país da América Latina é representado principalmente por personagens associados com a oposição.

A vida política brasileira começa a repercutir em Portugal recentemente. A tensão política no Brasil gera preocupações também em Lisboa. E o ato de protesto na entrada da FDUL na hora da chegada da delegação brasileira é prova disso.

Segundo o jornal Expresso, os manifestantes protestaram "contra o que dizem ser uma tentativa de golpe de Estado e afirmam temer o regresso da ditadura ao Brasil". Vários vídeos disponíveis no YouTube mostram que os manifestantes usaram cravos vermelhos na sua roupa, símbolo da Revolução de 25 de Abril (Revolução dos Cravos em 1974), que pôs fim à ditadura no país.

Os manifestantes abordaram os conferencistas brasileiros. O senador pelo estado de São Paulo, José Serra (PSDB — Partido da Social-Democracia Brasileira) foi vaiado e chamado de golpista.

Um coro geral de "Fascistas golpistas não passarão" acompanhou o ato, que os organizadores chamam de "ato pela democracia".

​Vários participantes ouvidos pela portuguesa Rádio Renascença afirmaram que a conferência "é um evento parcial". No entanto, os organizadores da própria conferência afirmam que não há imparcialidade, notando, ao mesmo tempo, que há "politização" da mesma no Brasil.

A lista dos participantes da conferência contém o nome do vice-presidente brasileiro, Michel Temer. Ele, porém, tinha recusado a viajar para Portugal, preferindo ficar no Brasil e participar de uma reunião do seu partido, PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Foi nessa reunião que o PMDB anunciou o seu rompimento com o governo de Dilma Roussef.

Mas o vice-presidente não deixou de participar do evento em Lisboa, ainda que por via virtual.

Mais cedo, na terça-feira, foi o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que se recusou a participar da conferência em Lisboa. A sua participação estava prevista no programa do evento para a quinta-feira, último dia da mesma.

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