"Sobre a Líbia, Sua Majestade disse que espera um pico nas próximas semanas e que os jordanianos serão incorporados [sic] ao SAS britânico", diz o documento, obtido pelo jornal The Guardian.
A nota explica que o papel da Jordânia na operação era crucial, uma vez que "o dialeto jordaniano é semelhante ao dialeto da Líbia".
O Rei Abdullah indica ainda que as operações das forças especiais também poderiam ser realizadas em outros países africanos.
As operações britânicas, entertanto, não estão limitadas à África. O memorando afirma que as tropas especiais do Reino Unido foram fundamentais na formação de um batalhão de combatentes tribais que luta contra as forças do presidente sírio, Bashar Assad.
O documento também expressa as frustrações da Jordânia com outros aliados na região.
"[O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan] acredita em uma solução islâmica radical para os problemas da região", diz a nota, acrescentando que "o fato de que os terroristas estejam indo para a Europa faz parte da política turca”.
O rei se queixou ainda de que Israel "faz vista grossa" no que diz respeito à Frente al-Nusra, afiliada da Al-Qaeda na Síria, porque “considera [a organização terrorista] como uma oposição ao Hezbollah".
Segundo Abdullah, as agências de inteligência devem manter esses sites "abertos para que elas possam usá-los para rastrear os extremistas". O docuemnto agrega que o Google confirmou ao rei jordaniano que a companhia tem “500 pessoas trabalhando nisto".
O vazamento ocorre em um momento particularmente difícil para o governo britânico. O primeiro-ministro David Cameron está sofrendo pressão do parlamento para aumentar a transparência sobre as operações das forças especiais britânicas no exterior.