EUA matam sérvios de novo durante bombardeios... mas agora na Líbia

© REUTERS / Serviço de imprença do município de SabrathaA view shows damage at the scene after an airstrike by U.S. warplanes against Islamic State in Sabratha, Libya in this February 19, 2016 handout picture
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Dois diplomatas sérvios sequestrados foram mortos durante ataques aéreos americanos na cidade de Sabratha, no nordeste da Líbia, disse o chanceler sérvio Ivica Dacic neste sábado (20).

Soldados do exército líbio durante patrulha em Bengazi, nesta sexta-feira, 14 de agosto - Sputnik Brasil
EUA não descartam novos ataques aéreos na Líbia
A coalizão liderada pelos EUA contra o grupo terrorista Daesh realizou ataque aéreos na Líbia contra um campo de treinamento dos terroristas e o líder tunisiano do Daesh Noureddine Chouchane, depois de estabelecer que ele planejava ataques na região, disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Peter Cook, na sexta-feira (19). 

“Infelizmente, como resultado do ataque contra as posições do Estado Islâmico [Daesh] na Líbia, dois deles [diplomatas sequestrados] perderam as suas vidas”, disse Dacic na coletiva de imprensa citado pela agência France-Presse. 

Dacic declarou que a identificação das vítimas será efetuada em breve. Eles provavelmente haviam sido sequestrados em 28 de novembro de 2015.

O chanceler informou que a Sérvia exigirá explicações por parte dos EUA e das autoridades líbias. A Sérvia não foi avisada sobre os bombardeamentos planejados. 

Segundo o ministro do Exterior sérvio, os dados sobre a localização dos diplomatas sérvios foram obtidos inclusive em cooperação com os serviços secretos dos EUA e, por isso, surge a pergunta se foi uma falta de compreensão, ou seja, um “erro de comunicação”.

Dacic manifestou que os sequestradores pediram um resgate, os serviços secretos sérvios sabiam disso e havia sinais de que a questão dos diplomatas sequestrados podia ser resolvida com sucesso. 

“Se não tivesse havido os bombardeios, tudo acabaria de outra forma. Os raptores não pretendiam matar os reféns, eles se orientavam por interesses financeiros”, explicou.

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Moscou não descarta retomada de fornecimento de armas à Líbia
Washington está considerando a possibilidade de expansão da sua campanha anti-Daesh para a Líbia devido ao surgimento do grupo terrorista naquele país. Porém, até o momento as autoridades americanas rejeitavam o envio de tropas terrestres à Líbia e exigiam a formação mais rápida de um governo de unidade nacional. 

A Líbia permanece sem governo de fato desde finais de 2011, quando, em outubro desse ano, o coronel Muammar Kadhafi, líder da Jamahiriya (nome árabe que significa "República"), foi morto pelas forças rebeldes, apoiadas por uma coalizão internacional que agia com o patrocínio da OTAN. A guerra civil líbia foi um dos resultados da série de "primaveras árabes" de 2011. A partir daquele momento, várias tentativas têm sido feitas para regularizar a situação política e social no país; mas a Líbia ficou dividida entre uma série de fações militares. Em 2014 e 2015, grupos armados realizaram vários atentados que dedicaram ao Daesh.

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