'Não se pode permitir isolamento completo da Coreia do Norte sob disfarce de sanções'

© REUTERS / Kim Hong-JiSoldado norte-coreano próximo à fronteira com a Coreia do Sul.
Soldado norte-coreano próximo à fronteira com a Coreia do Sul. - Sputnik Brasil
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O embaixador russo para a Coreia do Sul, Aleksandr Timonin, fala à RIA Novosti sobre o lançamento do satélite pela Coreia do Norte, a possibilidade da introdução das sanções contra Pyongyang, os planos da Coreia do Sul de posicionar os mísseis interceptores e radares norte-americanos e também sobre o Dia do Diplomata na Rússia.

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O embaixador disse que o lançamento era uma ação imprevidente e pode provocar o agravamento da situação na península coreana e em toda a Ásia do Nordeste.

No domingo (7) às 9:01 (horário local), a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance com um satélite, a partir do cosmódromo de Sohae, no litoral ocidental do país, o que provocou forte reação da comunidade internacional.

Aleksandr Timonin destacou que Moscou continua tendo certeza de que o formato preferencial da resolução são as negociações entre seis partes (Coreia do Norte, Coreia do Sul, China, Rússia, Estados Unidos e Japão).

O embaixador assinalou que “com certeza, a afirmação da Coreia do Sul feita em 7 de fevereiro sobre a implantação do sistema THAAD (Terminal High Altitude Area Defense) chamou a atenção da Rússia”. Tal desenvolvimento terá uma influência negativa sobre a segurança internacional e estabilidade estratégica.

“Na região da Ásia do Nordeste em que nos últimos anos a situação tem sido bastante difícil no que se refere à segurança, pode aparecer mais um ‘irritante’ que pode instigar a corrida aos armamentos e complicar a resolução do problema nuclear etc. na península Coreana. É por isso que a parte russa já chamava atenção várias vezes à ineficiência da ideia da implantação do THAAD na Coreia do Sul”, disse Aleksandr Timonin À RIA Novosti.

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Quanto às sanções que podem ser impostas contra a Coreia do Norte por ter alegadamente testado uma bomba de hidrogênio, a Rússia considera que tal violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU não pode ficar sem atenção da comunidade internacional.

“[As sanções] não devem causar danos aos cidadãos norte-coreanos e também à atividade das missões diplomáticas acreditadas em Pyongyang. Estou certo que não se pode permitir que sob o disfarce de sanções seja introduzido o isolamento completo de Pyongyang e assim seja fechada a perspectiva da resolução político-diplomática do problema nuclear da península coreana”, afirmou o diplomata.

Além disso, o embaixador da missão russa em Seul falou das suas tradições no Dia de Diplomata. Ele frisou que todos os funcionários da embaixada colocam as flores ao memorial dos marinheiros russos do cruzador Varyag e a canhoneira Koreets, que morreram em 9 de fevereiro de 1904. Os navios exerciam uma missão diplomática na Coreia: deviam guardar o território dos atentados coloniais de outros países. É por isso que foram atacados no primeiro dia da guerra sino-russa de 1904-1905.

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