Braço de ferro econômico: Corrente do Norte 2 contra sanções antirrussas

© AP Photo / Dmitry LovetskyFoto de arquivo (abril de 2010): antes da cerimônia da iniciação de construção do gasoduto Corrente do Norte
Foto de arquivo (abril de 2010): antes da cerimônia da iniciação de construção do gasoduto Corrente do Norte - Sputnik Brasil
Nos siga no
Na União Europeia aumenta a indignação provocada pela postura da Alemanha em relação ao projeto russo de gasoduto Corrente do Norte 2, refere a revista de negócios Forbes.

Os países que têm problemas internos com a segurança energética são os que têm receio do projeto, notou um especialista da Forbes.

Construção de gasoduto. - Sputnik Brasil
Rússia e Finlândia seguirão com a construção de novo gasoduto na Europa
O gasoduto impedirá a continuação da política de sanções da UE contra a Rússia, pois minará os esforços já feitos pela chanceler alemã Angela Merkel [que durante a crise na Ucrânia iniciou a tomada das medidas econômicas contra a Rússia enquanto atualmente não se opõe ao projeto de gasoduto] destacou a Forbes, citando pesquisas da redatora-chefe do projeto Strategic Europe do Fundo Carnegie-Europa, Judy Dempsey.

O observador da revista de negócios e economia americana Kenneth Raposa também fez lembrar que as grandes empresas energéticas [por exemplo,a  Shell] já assinaram acordos com a gigante russa Gazprom para fornecimento de gás russo à Alemanha através do gasoduto submarino, que atravessa o mar Báltico. 

Mesmo assim, Raposa nota:

"Continua sendo um mistério como foi permitido o acordo com o governo russo durante o regime das sanções por parte da União Europeia".

O projeto de gasoduto conjunto da Rússia e de várias empresas europeias deve levar o gás russo através do território alemão a outros países da Europa de Leste. O gigante energético Gazprom prevê que o projeto seja realizado até finais de 2019.

Reunião entre o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, e o vice-presidente dos EUA, Joe Biden em Davos (Suíça) - Sputnik Brasil
Poroshenko e Biden querem minar projeto russo Nord Stream 2
Mas nem todos os países aprovam o novo gasoduto russo. O presidente polaco Andrzej Duda declarou que o projeto ameaça a segurança energética da Europa e visa minar o trânsito tradicional de gás pelo território da Ucrânia. 

Ainda continua desconhecido o montante que a Polônia perderá se o Corrente do Norte 2 for realizado, mas a Ucrânia perderá pelo menos dois bilhões de dólares.

Além disso, Itália, Lituânia, República Tcheca, Hungria, Romênia, Estônia, Letônia, Eslováquia e Grécia se mostram contra o projeto.

Mas o especialista da Forbes nota que a culpa é da União Europeia por o seu sistema da segurança energética não funcionar como deve.

“Pode ser que a ampliação de tubulação não traga vantagens a certos países, mas o projeto é útil para a Europa em geral”, escreveu.

Kenneth Raposa frisou que o Corrente do Norte 2 pode ser uma ideia boa para a UE, se este última continuar as tentativas de futura integração dos mercados energéticos. 

“E o fato de eles ainda não terem feito isso é culpa deles mesmos, não é o resultado de uma interferência da Rússia”, sublinhou, citando o observador do Instituto Brookings, Tim Boersma.

Segundo este último, para garantir a segurança energética, a Europa deve seguir as normas gerais da legislação, combater a corrupção e aumentar a concorrência no mercado interno.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала