Reguladores financeiros tentam acelerar moedas russa e chinesa

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Os Bancos Centrais da Rússia e da China ofereceram aos bancos dos seus países para acelerarem os trabalhos relativos à transição para pagamentos em moedas nacionais.

Isto é afirmado no protocolo assinado no encontro de trabalho dos representantes dos reguladores financeiros. As partes saudaram o aumento do rublo e yuan nos pagamentos mútuos entre os países e encorajaram os bancos comerciais para abrir mais ativamente contas em moedas nacionais para a otimização e aceleração do processo.

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A passagem para pagamentos mútuos em moedas nacionais fica estabelecida pelo acordo assinado durante a visita do presidente russo à China, em maio de 2014. Até agora isso se aplica apenas no comércio, mas as partes estão explorando a possibilidade de ampliar a prática de uso das moedas nacionais para a creditação dos projetos de médio e longo prazo. Em 2014, os Bancos Centrais russo e chinês abriram uma linha de swap (acordo cambial recíproco temporário) para 150 bilhões de yuans (cerca de 24,5 bilhões de dólares) ao longo de três anos. Isto ampliou o acesso dos bancos comerciais e dos seus clientes para os rublos e yuans.

Como resultado, durante tão só um ano o volume de pagamentos mútuos em rublos e yuans aumentou várias vezes.

O chefe do banco russo VTB, Andrei Kostin, acredita que o volume dos pagamentos internacionais em yuan continuará crescendo, e o desequilíbrio entre o rublo e yuan no comércio entre a China e a Rússia deve logo desaparecer.

"Acho que os pagamentos mútuos em yuan vão se aumentar, inclusive no comércio entre a China e a Rússia. No que diz respeito aos pagamentos em rublos, é necessário para o lado russo realizar a sua parte do trabalho. Primeiro de tudo, com as maiores empresas exportadores, a fim de persuadi-los a realizar pagamentos em moeda nacional. Claro que os chineses têm o seu próprio interesse em reforçar a sua moeda, mas há argumentos relativamente ao rublo — é a sua volatilidade. Mas a situação global para o yuan e o rublo está se desenvolvendo de uma forma positiva".

As palavras de Andrei Kostin podem ser ilustrados pelos êxitos do filial do banco russo VTB em Shanghai que está trabalhando ativamente no mercado de câmbio da China. De acordo com os dados que anunciou no mês passado o vice-presidente do VTB Mikhail Yakunin, durante os oito meses em 2015 o filial chinês do VTB realizou as operações de câmbio rublo-yuan para 18,6 bilhões de yuans. Este número supera o volume de transações no período janeiro-agosto do ano passado.

Isto é muito bom, mas ainda longe do resultado desejável e possível. As tentativas dos bancos centrais da Rússia e da China para estimular o trabalho de transição para os pagamentos mútuos em moedas nacionais parece bastante lógico. 

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